Gasquet reage ao novo calendário ATP: «É, praticamente, de loucos»

Por Tiago Ferraz - Junho 22, 2020
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O tenista francês Richard Gasquet deu uma entrevista ao Le Parisien onde tocou nos pontos de relevo do ténis, em particular, nas propostas de calendarização para a retoma do circuito em agosto.

“O calendário que nos propuseram é, praticamente, de loucos. Há muitíssimos torneios importantes em tão pouco tempo. É muito, mas entendo que todos queiram salvar os seus torneios. Necessitam que os torneios se realizem para ter dinheiro. Agora são os jogadores que têm que decidir quais são os torneios que vão jogar ou não, mas os melhores jogadores do circuito que chegam às últimas rondas e que, nesse sentido, terão muitos encontros nas pernas, vão ter que fazer um calendário de acordo com o seu estado físico para evitar lesões que faça cm que percam o resto da temporada”, afirmou.

Richard Gasquet ainda não decidiu os torneios em que vai participar, mas já reagiu ao facto do US Open, que começa a 31 de agosto,  ser jogado à porta fechada:

“É melhor que o torneio se realize nesta condições (porta fechada) do que nem sequer se jogue, mas claro que se perde muita emoção ao jogar encontros à porta fechada. É importante que o ténis regresse como fizeram outras modalidades e com as televisões é tudo mais fácil. Na Alemanha, a Bundesliga nunca tinha tido tanta audiência. As pessoas precisam do desporto e estou convicto que de o ténis ganharia muito mais visibilidade através da televisão”, disse.

O tenista gaulês mostra-se ainda completamente a favor da campanha contra o racismo “Black Lives Matter”:

“Apoio a 100%. Estou convencido de que, se o ténis não tivesse sido suspenso, teriam existido gestos a favor do movimento por parte de muitos jogadores. Talvez o torneio de Wimbledon  fosse o cenário ideal para isso. Possivelmente vai fazer-se algo quanto a esta matéria quando o ténis regressar”

Jornalista de formação, apaixonado por literatura, viagens e desporto sem resistir ao jogo e universo dos courts. Iniciou a sua carreira profissional na agência Lusa com uma profícua passagem pela A BolaTV, tendo finalmente alcançado a cadeira que o realiza e entusiasma como redator no Bola Amarela desde abril de 2019. Os sonhos começam quando se agarram as oportunidades.