Frederico Gil: «O dinheiro não é tudo na vida»

Por admin - Abril 27, 2015

Eliminado na terceira ronda da fase de qualificação do ATP 250 português, Frederico Gil apareceu em conferência de imprensa desiludido com o resultado de hoje mas ao mesmo tempo satisfeito com o nível a que se exibiu. A vontade de obter grandes resultados continua em cima bem presente e, ainda que já tenha 30 anos, há muito que ainda tem para aprender.

Sobre o desaire para Martin Fischer, Gil deu mérito ao adversário e admitiu alguma displicência na reta final:

“É uma derrota um bocado pesada, mas há que dar os parabéns ao Martin porque ele jogou bem na parte final. Eu taticamente não joguei tão bem nos momentos mais importantes do jogo. Hoje não fui capaz de seguir até ao fim e fazer o que tinha pensado mas considero que fiz mais um bom torneio. Estou em excelente forma mas há muita coisa a trabalhar”

Atualmente fora dos 500 primeiros da classificação, o sintrense começou em novembro a jogar com a esquerda a uma mão, pancada essa que neste momento “ainda está ao nível de futures, talvez de Challengers, embora já consiga ter momentos de nível ATP”. Apesar da idade, Gil diz que ainda tem muito para aprender: “quero melhorar bastante a minha técnica e ter força ao mesmo tempo. Quero ser um dos melhores e vou trabalhar para isso”.

As dificuldades financeiras

Para quem não está na primeira linha do ténis mundial, as dificuldades financeiras são por vezes maiores do que se imagina. Com uma filha nascida há pouco tempo, Frederico Gil admite que “não é fácil”, mas que a felicidade nem sempre está relacionada com a conta bancária:

“Já ganhei muito dinheiro mas também já gastei muito dinheiro. Faço alguns disparates mas sou controlado ao mesmo tempo. Mas o dinheiro não é tudo na vida, e já houve um fase em que tinha muito dinheiro mas sentia-me muito infeliz. Tenho outros encargos, uma família para criar e um sonho de ter uma equipa grande”

Com tantas responsabilidades e os contratos publicitários que “já não são os mesmos”, Gil mantém o desejo de “acabar a carreira bem, nos cinquenta primeiros, e sair em grande do ténis”.