Fonseca: «Estou triste. Não consegui lidar com o nervosismo e a pressão»

Por José Morgado - Fevereiro 19, 2025
Fonseca
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RIO DE JANEIRO. João Fonseca, de 18 anos, foi eliminado esta terça-feira na primeira ronda do Rio Open, o maior torneio do seu país, apenas dois dias depois de ter conquistado o seu primeiro título ATP em Buenos Aires. A Cidade Maravilhosa vestiu-se de gala para receber o novo menino prodígio do ténis brasileiro, mas o jovem carioca acusou completamente a pressão do momento (e da Quadra Guga Kuerten cheia) e acabou derrotado em dois sets pelo francês Alexander Muller. No final… ficou muito desapontado.

NÃO LIDOU BEM COM NERVOSISMO E PRESSÃO

Eu sabia que o nervosismo ia bater e que teria de enfrentar o nervosismo e o medo de jogar com tanta gente. Sabia que ia enfrentar o momento e tentei de todas as formas, mas infelizmente não consegui. Vou ter mais momentos de pressão na minha carreira e vou ter de continuar a evoluir. Triste com a derrota mas pensando positivo isto é uma experiência para as próximas vezes.

SABIA O QUE O ESPERAVA… MAS NÃO CONSEGUIU CONTROLAR

Eu sabia que ia ter de enfrentar este nervosismo e não consegui. Não consegui jogar o meu jogo, não estive alegre, não estive feliz, não joguei com o público. Não consegui ser eu em campo.

MELHOR NO SEGUNDO SET

No segundo set melhorei, estive menos nervoso, respirei melhor, mexi melhor as pernas, mas não foi suficiente. Sinto-me muito triste por não ter conseguido estar à altura e puxar pelo melhor nível dele.

FÍSICO ESTAVA A 100 POR CENTO

Estive a 100 por cento fisicamente. Hoje não teve nada a ver com físico. Só mental.

QUINTA REGRESSA AO TRABALHO PORQUE A ÉPOCA É LONGA…

Já conversei com o meu treinador, disse o que sentia, que estava triste por não ter conseguido enfrentar o nervosismo e o medo. Não consegui fazer um bom jogo. De hoje para amanhã vou ficar triste, ‘bravo’ comigo, mas sei que isto é só o começo. Há muita coisa pela frente. Quarta-feira descaso e quinta-feira volto aos treinos. Há torneios pela frente e há muita carreira pela frente. Tenho de continuar melhorar dentro e fora de campo

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com