Fognini anuncia fim da carreira já: «Não há melhor maneira de dizer adeus»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Julho 9, 2025
Foto: EPA

Afinal, Fabio Fognini já não vai jogar mais. Sabia-se que esta era a última temporada do italiano de 38 anos, mas agora o próprio confirmou que termina a carreira com efeitos imediatos, pelo que o derradeiro encontro foi uma batalha excecional na primeira ronda de Wimbledon com Carlos Alcaraz.

ANÚNCIO DO FIM DA CARREIRA

Simplesmente confirmo que já é oficial. Acabo a minha carreira, despeço-me de todos vocês. É algo que já estava na minha mente, que vocês sabiam, mas durante esta primeira semana estive muito ocupado com a minha família noutras coisas que não eram ténis, já que a Flavia estava a trabalhar para a televisão. Agora, depois de pensar bem, acho que não há melhor maneira de dizer adeus.

DECISÃO DE DIZER ADEUS

Não é fácil dar o passo, mas acho que é a maneira perfeita de dizer adeus a este desporto. Como sempre digo, tive o privilégio de jogar na melhor fase da história do ténis, defrontei Roger, Rafa e Nole. Ganhar um Grand Slam era impossível para mim, tenho de ser honesto. O meu sonho era terminar no próximo ano em Monte-Carlo, era o objetivo principal, já que é onde vivo e onde está toda a minha família. Não foi possível, mas estou feliz pela forma como me despeço da minha carreira profissional. Fiz o melhor que pude, tenho muitas emoções na minha mente, não consegui dormir bem nos últimos dez dias.

ÚLTIMO ADVERSÁRIO FOI ALCARAZ

Na noite anterior a enfrentar o Carlos, na minha cabeça só estava a ideia de desfrutar dentro do court, tentar mostrar o meu melhor ténis. Tudo foi perfeito precisamente por isso, por permitir-me ter esse pensamento. Ajudou-me a dar tudo. Sofri muitas lesões nos últimos anos da minha carreira, mas como competidor sempre tentei esforçar-me ao máximo depois de cada recuperação. Mas a partir dos 35 anos isto já não é nada fácil. É uma boa decisão retirar-me depois de jogar no court mais bonito do circuito contra um adversário que toda a gente conhece. É a imagem perfeita que ficará para sempre na minha casa.

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O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt