Federer revela se sentiu vontade de competir no regresso a Wimbledon

Por Nuno Chaves - Agosto 3, 2023

Está prestes a fazer um ano da retirada tão emocional de Roger Federer, depois de ter jogado a Laver Cup num duelo de pares ao lado de Rafa Nadal, o seu eterno rival que, entretanto, se tornou num amigo.

O suíço, desde que se retirou, tem andado um pouco por todo o mundo numa série de eventos e no lançamento da coleção de moda da Uniqlo inspirada em roupa desportiva, aproveitou para falar com o The New York Times para falar de diversos assuntos.

O QUE PENSAVA SOBRE A RETIRADA?

Sempre sinto que chegou um ponto alto e depois sigo em frente. A vida sem o jogo, a vida sem os fanáticos e a vida sem o calendário que dominou a minha vida durante 25 anos. Definitivamente foi algo que não sabia como ia lidar. Durante muito tempo tentei regressar e dar mais uma oportunidade e deixar o jogo de uma maneira saudável mas não foi possível.

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ADEUS NA LAVER CUP

O bom/mau da Covid e com a minha cirurgia ao joelho é que tudo começou a desacelerar nos últimos três anos, por isso, não era como se estivesse a jogar 100 encontros e depois pronto, acabou. No final senti-me aliviado e feliz. Terminou da forma mais perfeita possível na Laver Cup. Estava rodeado dos meus maiores rivais e a minha família e amigos estavam ali. Para mim foi como ‘Ok, estou bem agora, já não preciso de perseguir aquele anseio’.

REGRESSO A WIMBLEDON

No ano passado fui para o court central para a celebração do 100.º aniversário. Foi bonito mas doloroso. Estava ferido. Não sabia se ia conseguir voltar a jogar, por isso, foi um momento muito emotivo. Este ano foi totalmente diferente. O meu pai sussurrou-me: ‘Não gostavas de estar a jogar em vez de estares aqui a ver?’. E eu respondi-lhe: ‘Não. Sinto-me contente por estar a ver e a desfrutar do jogo.

VIDA DEPOIS DO TÉNIS

Comecei a fazer mais viagens que são divertidas com a família. Levei os meus filhos a Lesotho para a viagem da minha fundação em África, fomos à Met Gala e viajámos no Orient Express com os meus pais. São coisas que não eram fáceis quando jogava porque o jogo tirava-me demasiado tempo.

 

Jornalista na TVI; Licenciado em Ciências da Comunicação na UAL; Ténis sempre, mas sempre em primeiro lugar.