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Federer diz não estar velho para cinco sets e irrita-se com jornalista
Roger Federer passou pela sala de imprensa de Melbourne Park pela última vez este ano e não deixou nada por dizer: assumiu a superioridade de Novak Djokovic, depois de um embate onde nunca chegou a ameaçar a supremacia do sérvio, e não hesitou em pedir tento na língua a um jornalista.
“Eu já vi o Novak jogar assim antes”, começou por dizer. “Torna-se difícil quando joga assim desde o início, por que é preciso estancar a hemorragia em algum momento. A resposta ao serviço dele é muito boa, como a de Andre Agassi. Pode ganhar um ou dois sets de repente, e estes sets passaram muito depressa”.
“O Novak, neste momento, é uma referência para qualquer um. Tem sido o único jogador capaz de me deter ultimamente, além do Stan [Wawrinka], em Paris, quando estava imparável. Se tivesse jogador melhor, quem sabe o que teria acontecido. Hoje, o Novak esteve muito, muito bem, não há dúvida quanto a isso”, analisou Federer, que, até ao momento, tinha perdido apenas um set por 1-6 diante de Djokovic.
“Sinceramente, eu não me importo se perco um set por 6-7 ou 1-6. Perder não é bom. Eu sei como a primeira partida é importante diante do Novak, especialmente agora que é número um. Quando encarrila, é difícil de parar”, afirmou.
Pernas em forma e uma pergunta parva
Um resultado “dececionante” para Federer, conforme admitiu, mas que não lhe tira a crença numa vitória futura diante do jogador de Belgrado em torneios do Grand Slams, mesmo que seja preciso ficar em court largas horas. “Seja à melhor de três sets ou de cinco sets, eu consigo correr durante quatro ou cinco horas, isso não é um problema”.
“Por isso, quanto a longas trocas de bolas não estou preocupado. Eu sei que vocês [jornalistas] não pensam assim. Eu percebo, pensam que eu estou velho e esse tipo de coisas. Mas isso não me assusta quando jogo estes grandes encontros contra qualquer jogar que esteja em forma”, protestou o recordista de títulos do Grand Slam (17).
Ainda no domínio das contestações, Federer chegou mesmo a perder a paciência com um jornalista, quando este afirmou que não haverá “Federers” e “Nadais” nos próximos anos, perguntando-lhe de seguida se considera que Djokovic será tão dominante nos próximos tempos como ele o foi na sua altura de número um.
“Tem de ter cuidado na forma como coloca a pergunta, para não ser mal-educado com os outros jogadores, porque terá de os enfrentar [nas conferências de imprensa]. Eu não tenho. Eu não tenho de lhe fazer perguntas parvas como estas”.
“Acho que há muitos bons jogadores no circuito e tem de se lembrar que é muito difícil manter este nível de jogo. O que ele tem feito é incrível. Estou muito satisfeito por ter conseguido manter o meu nível. Se é melhor ou não? Não sei”, rematou Federer, que se despediu do Open da Austrália com a 12.ª meia-final em 13 temporadas.
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