Federer aposta em Djokovic para vencer o US Open
Roger Federer “saiu à rua” pela primeira vez desde que fez estremecer o chão do universo tenístico, há um mês, com o anúncio da sua ausência do circuito o resto da temporada, e a imprensa não perdoou. Em surdina, as perguntas colocaram o suíço de 35 anos a falar muito mais do que apenas da Laver Cup, evento que o fez viajar para Nova Iorque esta quarta-feira.
E se o campeoníssimo não hesitou em dizer que vai ficar a fazer figas para que Rafael Nadal se dê bem no Grand Slam norte-americano, também não fez cerimónias em apontar o dedo ao grande favorito em nova Iorque, mesmo que os últimos acontecimentos o pudessem mandar noutra direção.
“Na verdade, não mudo a minha opinião, o Novak [Djokovic] é o favorito, apesar das duras derrotas”, afirmou. “Ele venceu em Toronto. Tem um ótimo recorde contra o Andy [Murray] e é um excelente jogador de piso rápido, em condições como estas [no US Open] e como as do Open da Austrália”.
E as vantagens não se ficam por aqui. “Penso que o tecto [do Arthur Ashe Stadium] o vai favorecer, por as condições ficarem semelhantes às do Open da Austrália. Obviamente que o Andy joga muito bem com vento, mas o Novak também. Fiquei muito impressionado com o Andy, o que ele tem feito este verão é incrível. Espero que ele continue assim. Este Open dos Estados Unidos vai ser muito entusiasmante, assim como a disputa entre eles até ao final do ano”, previu Federer.
Campeão no ano passada, Djokovic chega ao último Major da temporada, para defender o estatuto de primeiro cabeça-de-série, vindo de uma derrota na ronda inaugural dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro e de um deslize igualmente prematuro em Wimbledon (terceira ronda). Pelo meio, conquistou o Masters 1000 do Canadá.