Fãs relembram emoções da primeira edição do Rio Open, em 2014

Maior torneio da América do Sul, o Rio Open chega à décima edição em 2024. Desde a primeira vez em que foi disputado, em 2014, o ATP 500 do Brasil atrai grandes nomes e conta belas histórias, que ficam marcadas na memória dos fãs.

A edição de 2014, vencida por Rafael Nadal, então número 1 do mundo, contou com cinco tenistas que estavam no top 20 na época – além de Rafa, Ferrer, Fognini, Robredo e Almagro. Além disso, também foi palco de um torneio feminino simultâneo, da série WTA International (atual 250), vencido pela japonesa Kurumi Nara – desde 2017, o torneio é apenas masculino.

Bia Haddad tinha 17 anos na primeira edição do Rio Open | Foto: Divulgação/Rio Open

A oportunidade de assistir esses grandes nomes de perto empolgou os fãs de tênis. Daniel Reis Duarte, analista de negócios, de 34 anos, era morador de Niterói na época e foi de ônibus rumo ao Jockey Club Brasileiro para o primeiro dia de jogos.

Ele lembra que nunca tinha estado em um evento esportivo dessa relevância e, por isso, não perdeu a oportunidade. “Assisti aos jogos do Volandri contra o Lajovic, Guillermo Garcia-Lopez e do Bellucci. E consegui acompanhar o treino de Rafael Nadal”, lembra.

Ferrer (campeão de 2015) e Nadal foram dois dois cinco top 20 no torneio em 2014 | Foto: Divulgação/Rio Open

Atualmente, Daniel mora em Dublin, na Irlanda, e por isso não conseguiu voltar ao Rio Open, mas guarda com carinho os momentos. “A experiência foi muito boa, organização excelente, espaços de entretenimento bons. Lembro-me da forte chuva ao anoitecer, que interrompeu os jogos. Choveu muito, o que não deixa de ser algo recorrente”, conta, bem-humorado.

“Comprei ingresso no guichê utilizado para apostas de corridas de cavalo”

Morador do Rio de Janeiro, Rodrigo Otavio Torres de Souza, contador e atualmente com 44 anos, foi em diversas edições do torneio e pretende voltar em 2024. Ele lembra que, na primeira, as coisas eram um pouco diferentes e mantém boas recordações.

“Havia uma grande expectativa pelo torneio sem dúvida nenhuma, mas comprei o meu ingresso para a Quadra Central da primeira rodada presencialmente uma semana antes, no guichê utilizado para apostas de corridas de cavalo dentro do Jockey, em frente à praça Santos Dumont. Isso não existe mais, só deve ter existido na primeira edição”, lembra. “Não havia o Boulevard, a estrutura era um pouco diferente, com uma quadra de fundo com arquibancada, que não tem mais”.

Rodrigo lembra de emocionantes jogos de brasileiros na edição inaugural | Foto: Arquivo pessoal

Rodrigo ainda lembra de jogos emocionantes de brasileiros. “A Bia Haddad emocionou a todos com sua garra, mesmo machucada seguiu jogando. O Bellucci veio depois, ele ganhou na estreia de virada do Juan Mónaco, na quadra central à noite. Ainda vi dois jogos marcantes no qualifying, Dusan Lajovic x André Ghem e Dusan Lajovic x Rogerinho, pena que não deu vitória para o Brasil”, conta. Ele espera que, em breve, algum tenista da casa vá longe. “Gostaria de ver um brasileiro quebrando o tabu e chegando na semifinal de simples masculino“.

Thomaz Bellucci chegou às quartas em 2014 | Foto: Divulgação/Rio Open

Oportunidade perto de casa

Ver grandes tenistas tão perto de casa pode ser habitual para os moradores do Rio de Janeiro atualmente, mas, em 2014, parecia uma oportunidade única. Apaixonado pelo tênis desde criança, Guilherme Peixoto, empresário, atualmente com 29 anos, esteve no segundo dia de jogos e também na final entre Nadal e o ucraniano Alexandr Dolgopolov, e lembra a sensação de encantamento que teve ao entrar no complexo.

“A expectativa era gigantesca, nunca tinha ido em um torneio de nível ATP antes do Rio Open, nem em exibições como a de Djokovic por aqui. Pensar que eu poderia finalmente ver um Nadal de perto e, sobretudo em um jogo valendo, era algo até então inimaginável para mim de ter a 20 minutos de casa”, lembra. “Ver o Nadal em ação, um dos melhores da história, a tão poucos metros de mim, foi algo realizador para mim como fã do esporte e dele”.

Guilherme faz questão de ir a todas as edições do Rio Open | Foto: Arquivo pessoal

Desde então, Guilherme faz questão de ir ao evento todos os anos. “Em termos de estrutura, o Rio Open sempre foi acima da média em relação a qualquer tipo de evento. Fora isso, a experiência de ver diversos jogadores e jogadoras, uma vez que na época acontecia o WTA também, era um clima muito legal. Desde então, voltei em todas as edições, nem que seja no qualifying”, conta.

Kurumi Nara venceu o Rio Open feminino em 2014 | Foto: Divulgação/Rio Open

A edição especial de 10 anos do Rio Open inicia no próximo sábado, 17, e vai até o dia 25 de fevereiro.

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