Estoril Open está nas mãos do coronavírus e o ATP está atento

Por José Morgado - Março 17, 2020
Stefanos-Tsitsipas

O ATP Tour suspendeu na semana passada o circuito durante seis semanas, deixando em aberto a possibilidade de o Millennium Estoril Open poder disputar-se, caso o surto de coronavírus que tem fechado o país — e o Mundo — seja ultrapassado no próximo mês e meio.

A prova, agendada para de 25 de abril a 3 de maio, é uma das duas primeiras (a outra é Munique) no pós suspensão, mas a sua realização está longe de ser uma garantia, tendo em conta a situação que se vive em Portugal por causa da pandemia. Atualmente, Portugal regista 331 casos de covid-19, tendo falecido uma pessoa na segunda-feira. O país tem as fronteiras fechadas a Espanha e Itália e o Governo já decretou o fecho de discotecas, escolas, limitou a ocupação de restaurantes e proibiu qualquer tipo de aglomeração de 100 ou mais pessoas, o que inviabilizaria em absoluto, neste momento, a realização de um evento da dimensão do Estoril Open.

O ATP Tour, liderado por dois italianos — que até por isso estão ainda mais sensíveis para o coronavírus –, está a par da situação e a decisão de a prova poder avançar ou não será sempre tomada em última instância pelo ATP, em articulação com as entidades locais.

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Da parte de João Zilhão, diretor do Estoril Open, há a garantia de que todos os seus parceiros estão consigo — o Millennium BCP e a Câmara de Cascais à cabeça — para a eventualidade de fazer o torneio assim haja condições para isso. O processo de montagem das estruturas também já estava em andamento (e está adiantado) na altura em que todo este (justificado) alarme social começou a fazer-se sentir.

Na eventualidade de haver torneio, o Estoril Open contará com uma lista digna… de “um ATP 500”. Palavras do próprio diretor, que preferiu não publicitar qualquer nome para depois não desiludir os fãs caso o torneio não aconteça. A publicação oficial da lista estava inicialmente agendada para terça-feira, mas foi adiada.

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com