Escândalo rebenta com acusações de certificados falsos de Covid-19 para tenistas húngaros

Por Bola Amarela - Fevereiro 6, 2022
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Rebentou um escândalo na Hungria. A Federação de Ténis da Hungria (MTSZ) fez um comunicado para garantir que está a investigar a notícia avançada pelo jornal Nepszava, que denunciou que o médico da federação passou certificados falsos de Covid-19 para jogadores e elementos do staff que estiveram nas Davis Cup Finals em novembro. Algo que, se for provado, pode culminar com pena de prisão por falsificação de atestados médicos e por colocar em risco a saúde pública.

A MTSZ referiu que vai levar a cabo uma intensa investigação e que irá acionar todos os meios legais para agir eventualmente contra todos os que estiveram ligados a essas irregularidades. O problema começou no momento em que a referida fonte teve acesso à informação de que o médico dava certificados de testes negativos para profissionais e juniores.

O jornal não se ficou por difundir a informação e apresentou mesmo provas, com um email enviado a partir de um endereço da MTSZ para pais de jovens que iam representar a Hungria numa prova de equipa na Áustria. Era explicado nessa comunicação que era obrigatório ter um teste negativo para entrar na Áustria, pedindo dados pessoais para falsificar o certificado e não ser necessário fazer qualquer teste.

Por outro lado, e para complicar ainda mais o caso do médico da federação, o Mundo Deportivo revelou que a Universidade Semmelweis de Medicina ficou incrédula quando descobriu que houve resultados negativos de PCR emitidos a membros da federação húngara com o selo da universidade. Qual é o problema? A instituição não fez testes a ninguém.

Por esta altura, o médico já foi despedido, mas agora enfrenta a ação da justiça e pode mesmo acabar por ser preso por vários anos, restando saber se a própria federação tinha conhecimento das práticas ilegais, isto se se vierem mesmo a provar.