Entrevista a Holger Rune [parte I]: «Quero ganhar a final do Australian Open ao Djokovic»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Novembro 29, 2023

Com a temporada terminada, Holger Rune tirou uns minutos das suas férias para dar uma entrevista exclusiva ao Bola Amarela. O jovem dinamarquês, número oito do ranking ATP que chegou a ser 4.º classificado esta temporada, partilhou qual seria a sua vitória de sonho em 2024 e falou sobre a importância de contar com Boris Becker na sua equipa. Isto na primeira parte desta entrevista.

BOLA AMARELA – No início de 2022 estavas fora do top 100. Agora és membro do top 10, foste número quatro, já conseguiste grandes vitórias e feitos notáveis. Sentes que ainda não te dão mérito suficiente?

HOLGER RUNE – Não, não sinto isso. Acho que até há bastante atenção e, para ser sincero, não é algo em que pense muito. Tenho objetivos e ainda não os atingi. Por isso, o meu foco está unicamente em cumprir os meus objetivos e ser melhor.

BA – Tens conseguido evoluir de forma sustentada. Qual é o próximo passo a dar em 2024?

HR – Acho que já dei esse passo seguinte aqui no fim de 2023. Comecei a trabalhar com o Boris Becker e é algo importante para mim, isto de ter um treinador com experiência de ser um jogador de topo mas também um treinador de topo.

BA – Quanto é que já aprendeste com ele nestes primeiros tempos de parceria?

HR – Aprendo imenso cada vez que estamos no court. E sinto que recebo uma resposta sábia e qualificada cada vez que faço uma pergunta sobre o que quer que seja. E partilhar os meus pensamentos com alguém que foi jovem e esteve entre os melhores quando era jovem… Significa muito quando alguém te compreende. Não há muita gente que o faça. É um mundo louco.

BA – Se pudesses escolher uma vitória para ter em 2024, qual seria? Podes escolher o torneio, a ronda, o adversário…

HR – Agora quero ter grandes resultados em piso rápido outdoor. Já estive muito bem em terra batida, em relva e em piso rápido indoor, por isso agora está na hora de mostrar o meu ténis em hard court outdoor. Por isso a minha escolha seria a final do Australian Open contra o Novak.

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O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt