Draper: «Quero estar entre os melhores, posso chegar ao topo»

Por Rodrigo Caldeira - Novembro 15, 2025

Uma lesão no braço obrigou Jack Draper a terminar a sua temporada meses antes do previsto. O tenista britânico, atualmente número 10 do mundo, era o oitavo na Race num ano em que deu vários passos em frente, mas em que as lesões voltaram a travá-lo no seu melhor momento.

Já passaram quase dois meses desde que disputou o seu último encontro no circuito, no US Open 2025 e, em pleno processo de recuperação desses problemas físicos, Jack Draper falou numa entrevista ao Tennis Majors sobre como se sente nestes dias e quais são as suas expectativas para o seu regresso à competição.

LESÃO NO BRAÇO 

“Comecei a sentir algo diferente em Madrid este ano. Joguei com incómodos até Wimbledon, onde me fizeram uma ressonância magnética que revelou uma contusão óssea no úmero. Ultimamente parece haver uma espécie de epidemia deste tipo de lesões no ténis. Foi difícil de aceitar, sobretudo depois de ter trabalhado tão arduamente em todos os outros aspetos. Sentia que esta lesão me estava a escapar das mãos. Tentei continuar a treinar para o US Open, mas tive de me retirar e tirar algum tempo de descanso”

ACEITAR A LESÃO 

“Foi muito difícil de aceitar, mas o desporto tem os seus altos e baixos. Estava numa trajetória incrível, o meu ténis e a minha condição física estavam a melhorar constantemente. A adversidade fortalece-me sempre, por isso tento não estagnar e seguir em frente. Aproveitei a oportunidade para olhar para o futuro. Espero que os melhores anos da minha carreira ainda estejam por vir; tenho 23 anos. O ténis mantém-nos ocupados, por isso foi ótimo tirar as minhas primeiras férias em dez anos: fui a Portugal para relaxar e desligar do ténis, mantendo o corpo em boa forma.”

OBJETIVOS PARA 2026

“Voltar ao court com energia e vontade de competir. Quero estar entre os melhores e continuar a melhorar. Com trabalho duro, o meu equipa e mantendo-me livre de lesões, acredito que posso chegar ao topo. Gostaria de superar as meias-finais, estar entre os quatro primeiros em Grand Slams, entrar no top 10 e ganhar mais torneios 250 e 500. Quero mais regularidade nos grandes eventos e chegar mais longe. Alcaraz e Sinner estão muito à frente; agora cabe aos jogadores mais novos desafiá-los e acabar com o seu domínio.”

Apaixonado por desporto no geral, o ténis teve sempre presente no topo da hierarquia. Mas foi precisamente depois de assistir à épica meia-final de Wimbledon em 2019 entre Roger Federer e Rafael Nadal, que me apaixonei e comecei a acompanhar de perto este fabuloso desporto. Atualmente a estudar Ciências da Comunicação na Universidade Autónoma de Lisboa.