Djokovic relativiza derrota em Xangai: «Já alcancei todos os grandes objetivos na minha carreira»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Outubro 13, 2024

Novak Djokovic não chegou ao tão ansiado 100.º título da carreira, já que Jannik Sinner foi mais forte na final do Masters 1000 de Xangai. No entanto, o sérvio relativizou esse desaire e garantiu que já fez tudo o que queria na carreira, embora explique que o fogo de competir ainda se mantenha aceso.

BALANÇO DA SEMANA EM XANGAI

Há conclusões positivas que posso tirar. Em primeiro lugar, o meu nível de ténis foi realmente bom neste torneio, provavelmente o melhor depois dos Jogos Olímpicos. Fiz tudo o que pude na final. Não me senti 100% fresco, mas ao mesmo tempo dou-lhe todo o crédito por jogar os pontos importantes melhor do que eu, isso foi o que fez a diferença. Mereceu ganhar, foi demasiado forte nos momentos importantes. Mas acho que joguei bastante final, pelo que posso acreditar que ainda posso jogar contra estes rapazes, que são os melhores do Mundo. Espero manter este nível nos próximos meses e no futuro.

PENSA CONTINUAR

A minha principal motivação vem do amor e paixão por este desporto, além do desejo de continuar a competir. Estes são os encontros e desafios para os quais me esforço, para poder estar na posição de jogar contra os melhores do Mundo nos principais palcos. É para isso que trabalho e que me levo ao limite. Não sei o que o futuro vai trazer, vou tentar continuar a deixar-me levar e ver como estou num determinado momento. Ainda tenho planeado competir e jogar na próxima temporada, veremos quão longe posso chegar.

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IMPORTÂNCIA DO 100.º TÍTULO

É um bónus se acontecer. Gostava que tivesse sido aqui, mas não deu. Vou continuar a dar tudo para acontecer rápido, mas não é um objetivo de vida ou morte. Já alcancei todos os grandes objetivos da minha carreira. Agora o mais importante são os Grands Slams e ver quão alto posso elevar a minha bitola. Enquanto jogar como fiz esta semana e continuar a jogar olhos nos olhos com os melhores, imagino que vou continuar a sentir a necessidade de competir e a motivação para estar aqui. Veremos quanto tempo dura isso.

BALANÇO DA TEMPORADA

Se compararmos com a maioria das minhas temporadas, em termos de resultados foi uma das piores. Em algum momento haveria um ano em que não ganhava Slams ou mantinha o alto nível depois de tantos anos seguidos. E está tudo bem, estou feliz com a minha medalha de ouro nos Jogos Olímpicos, era o principal objetivo este ano. Claro que gostava de ter ganho um Grand Slam, mas está tudo bem, é o que há. É uma temporada que há que aceitar e estou mais do que feliz com tudo o que fiz na minha carreira.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt