Djokovic queixa-se dos courts em Roma e dos Masters 1000 em duas semanas

Por Pedro Gonçalo Pinto - Maio 14, 2023

Novak Djokovic deixou pelo caminho Grigor Dimitrov e apurou-se para os oitavos-de-final do Masters 1000 de Roma. O número um do Mundo jogou a um nível melhor do que no seu primeiro encontro, mesmo com um apagão pelo meio, mas deixou críticas aos courts no Foro Itálico, bem como ao novo formato dos torneios desta categoria.

A SUBIR DE NÍVEL

Quantos mais encontros jogar, melhor me vou sentir nesta superfície. Adorava jogar a máxima quantidade de encontros neste torneio, por isso estou aqui. É uma programação diferente este ano, com duração prolongada que faz ter um dia livre. De alguma maneira pode ser bom, estou a aproximar-me do nível desejado. Dá sempre para jogar melhor, mas tive um grande nível e acho que cumprir na maior parte do encontro, à exceção dos últimos quatro jogos do segundo set.

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COURTS EM ROMA

O torneio de Roma nunca teve uma grande reputação quanto à qualidade dos courts. Se não as usas demasiado estas coisas acontecem, o court rasga, fica uma superfície desequilibrada com maus ressaltos e muita terra. Faz parte da terra batida aceitar que haverá ressaltos irregulares, mas tenho a sensação de que o court 5, onde treino, tem melhor qualidade do que o Court Central. Agora não se pode fazer muito, há que aceitar. Espero que melhore.

MASTERS 1000 EM DUAS SEMANAS

No geral não sou fã do formato porque já temos quatro Grand Slams que são em duas semanas e até uma mais se contarmos com a preparação. Passamos 10 a 12 semanas só em Grand Slams. Agora vamos ter oito de nove Masters 1000 com o mesmo, praticamente um evento de duas semanas. Depende da perspetiva. Se és adepto, tens um dia extra para ver os melhores. Pode ser uma vantagem para a recuperação, mas se jogares todos os grandes eventos em terra, podes não chegar fresco a Roland Garros. Depende dos objetivos como jogador. O meu é Roland Garros.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt