Djokovic o fim da carreira: «Penso mais em como me vou retirar do que quando»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Janeiro 29, 2025

Aos 37 anos, Novak Djokovic não pára. Depois de desistir nas meias-finais do Australian Open, muitos alarmes soaram sobre se o fim da carreira do sérvio está à vista, sendo que o próprio deu agora uma entrevista à GQ para falar abertamente sobre esse tema.

“Espero conseguir muito mais coisas como veterano no desporto, melhorar os direitos dos jogadores ou continuar a desenvolver os meus projetos empresariais. O ténis continua a ser o meu maior megafone para o mundo. Se olhar só na perspetiva de completar feitos e do jogo em sim, então acho que já fiz tudo, sim”, admitiu.

Mas Djokovic deixou uma indicação importante, com destaque… para o pai. “Sinto que as pessoas estão a escrever o meu obituário tenístico. Os meios de comunicação, os adeptos. E não sei se ele vai gostar que eu diga isto, mas o primeiro que o faz é o meu pai. O meu pai está a tentar que eu acabe a carreira há algum tempo, mas não tem sido insistente. Respeita a minha decisão e entende, mas diz-me ‘o que mais queres fazer?’. Ele sabe a quantidade e a intensidade da pressão e tensão que existe e o stress que se repercute na minha saúde, no meu corpo e em todos os que me rodeiam, incluindo ele. Por isso disse-me ‘meu filho, começa a pensar como queres acabar isto'”, revelou.

Leia também:

 

Pois bem, Djokovic confessa que isso é algo que está na sua cabeça mas de forma diferente. “Estou a pensar mais como me quero retirar do que quando. Penso mais no como do que no quando. Ainda não penso no quando tão intensamente. Como gostaria de treinar? Sinto que se começar a perder mais e se sentir uma diferença muito grande, que começo a ter mais problemas para superar os grandes obstáculos nos Grand Slams, então provavelmente vou acabar, mas agora continuo bem”, garantiu.

Além de explicar que precisa de reduzir a quantidade de torneios que joga, embora vá manter alguma carga, especialmente antes dos Grand Slams, Djokovic explicou que houve quem tentasse que o ouro olímpico ditasse o seu adeus. “Tanto em público como em privado, muita gente me disse que acham que o melhor é sair no ponto alto, o que entendo, mas se fisicamente estou capaz e ainda sinto que posso derrotar os melhores do Mundo nos Grand Slams, por que havia de acabar a carreira agora?”, rematou.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt