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Djokovic nega rumores de apoio à revolução na Taça Davis mas diz que é preciso haver mudanças
As alterações propostas para revolucionar a Taça Davis têm feito correr muita tinta e chegaram, naturalmente, aos olhos de Novak Djokovic. Presidente do Conselho de Jogadores da ATP, o sérvio, que está neste momento em Los Angeles a treinar com André Agassi, deu uma entrevista ao ‘Le Parisien’ onde aborda o tema, referindo que não está totalmente convencido mas que já é hora de a competição sofrer uma mudança drástica.
Numa entrevista com a jornalista Carole Bouchard, Djokovic é claro ao dizer que “o formato atual não funciona, e a prova é que os jogadores de topo estão a jogar cada vez menos [na Taça Davis]”. A proposta que coloca a Taça Davis numa só semana e num só local é “uma fantástica notícia” e, embora não seja perfeita, segundo o próprio pode ser a mudança “por que temos estado à espera” no mundo do ténis.
“O [mundo do] ténis consegue ser muito conservador, e sei que alguns países não estão muito recetivos à mudança. A Taça Davis é um evento histórico e com longas raízes, mas é preciso melhorar e de inovar. Há o medo de que a mudança ameace a integridade do ténis e por isso resiste-se ao progresso”.
Novak Djokovic
O antigo número um mundial nega, no entanto, qualquer tipo de envolvimento na proposta apresentada por Gerard Piqué, líder da Kosmos, mas não nega a relação constante com o futebolista espanhol, acrescentando que o seu papel de representante de jogadores acresce responsabilidade de estar atento a projetos como este: “Já vejo o Piqué a marcar presença em torneios há um ano e meio e a esforçar-se bastante junto dos seus associados… e eu mostrei-me disponível”.
O que, de acordo com Djokovic, falta ainda delinear, é a data da prova, já que com as ATP World Tour Finals em novembro poderá ser arriscado marcar uma prova desta importância para uma fase em que já estão todos a pensar no ano seguinte. Mas conclui dizendo: “em outros desportos, como no golfe, futebol ou basquetebol, há experiências de sucesso que podem ser reutilizadas. Há outros a progredir e nos precisamos de começar a ir em busca das oportunidades”.
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