Djokovic: «Não tenho nada a perder porque a medalha já está garantida»

Por Pedro Gonçalo Pinto - Agosto 3, 2024

Novak Djokovic não esconde que conquistar uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos é o grande objetivo que ainda não concretizou na sua condecorada carreira, e a verdade é que finalmente vai ter a oportunidade de discutir a final de um torneio olímpico. O sérvio garantiu esse feito ao bater Lorenzo Musetti e agora vai defrontar Carlos Alcaraz pelo ouro, mas tenta fugir da pressão.

POR FIM NUMA FINAL OLÍMPICA

Estou na minha primeira final olímpica, mas quero mais. Agora quero ganhar ouro, embora para isso precise de mostrar a minha melhor versão. Sem dúvida já é um grande resultado para mim tendo em conta as circunstâncias, vi-me muito nervoso no court, até antes de entrar. No passado já tinha perdido várias meias-finais em Jogos Olímpicos, então queria mesmo muito ganhar desta vez.

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DIA LIVRE NO SÁBADO

De certeza que estamos os dois felizes por termos um dia livre no sábado. Ele [Alcaraz] fez mais encontros do que eu porque esteve com o Rafa em pares além dos singulares. Para mim, com a idade que tenho, estou encantado por ter um dia livre a meio de um torneio como este. Preciso para fazer uma recuperação completa do meu corpo e estar pronto para domingo. 

RIVALIDADE COM ALCARAZ

Jogar contra o Carlos neste momento é, provavelmente, o maior desafio que alguém pode ter no circuito hoje em dia, ainda para mais neste court, onde ganhou Roland Garros há menos de dois meses. Neste estádio só nos defrontámos uma vez, no ano passado nas meias-finais de Roland Garros, mas há umas semanas perdi com ele na final de Wimbledon.

SEM NADA A PERDER

É verdade que estamos numa superfície diferente, sinto que esta semana estou a movimentar-me muito melhor do que em Wimbledon, e também estou muito melhor no geral. Só estou ansioso para que domingo chegue para ir para o court ter a oportunidade de mostrar o meu melhor ténis. De certa forma, não tenho nada a perder nesta final porque a medalha está garantida. Ainda assim, vou lutar pelo ouro.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt