Djokovic e uma nova fase: «Nunca fui número um com tão poucos pontos»
Novak Djokovic continua perfeito esta temporada, com 13 vitórias em outros tantos encontros. O número um do Mundo regressou à competição com um triunfo arrancado a ferros na primeira ronda do ATP 500 do Dubai, sobre Tomas Machac, e mostrou-se satisfeito, além de ter falado sobre o seu recorde como líder da classificação.
NÍVEL NO PRIMEIRO ENCONTRO DE VOLTA
Ainda estou a encontrar o meu melhor nível. Sei que depois de uma lesão precisarei de um pouco de tempo e alguns encontros para encontrar realmente o ritmo e a intensidade no court. Cometi muitos erros não forçados que me deixaram em problemas. Também tenho de lhe dar crédito, surpreendeu-me. Nunca o tinha defrontado. Fiz a minha análise e preparei-me bem, mas ele bateu muito bem na bola, especialmente a esquerda, o serviço e os vóleis. Não falhou um vólei, foi incrível. Jogou a um grande nível e tive que merecer esta vitória. Fiz um tie-break quase perfeito com grandes pancadas. Estou muito contente por conseguir uma vitória assim depois de quase quatro semanas sem jogar.
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RECORDE DE SEMANAS COMO NÚMERO UM
Quando cheguei a número um do Mundo pela primeira vez em 2011, tive de estabelecer novos objetivos e novos sonhos. Ser número um sempre foi o objetivo final, esse é o maior feito que há no ténis. Tentei ficar sempre o máximo de tempo possível nesse lugar. O facto de jogar bem, manter-me saudável ao longo da minha carreira e não enfrentar demasiadas grandes lesões permitiu-me ter consistência para acumular muitos pontos. Estou muito orgulhoso por este recorde. Estou quase a fazer 36 anos, então neste momento não é a maior prioridade passar mais semanas. Gostava de continuar saudável e prolongar a minha carreira tanto quanto possível, essa é a única prioridade. A outra é jogar o melhor ténis nos Grand Slams para os tentar ganhar. Então, se o número um do Mundo chegar vai ser consequência dos bons resultados e ficarei feliz.
NÚMERO UM COM POUCOS TORNEIOS JOGADOS
Nunca fui número um com tão poucos pontos. Não é apenas devido às minhas circunstâncias de não jogar um par de Grand Slams e tudo o que aconteceu no ano passado, mas também devido a outros jogadores que falharam alguns Slams por lesões e outros que não têm a consistência necessária. Uma vez mais, acho que isso faz com que o feito seja ainda maior, pelo menos aos olhos da minha equipa e aos meus. Trabalho tão duro como qualquer pessoa. Estou muito comprometido com o desporto, mas há muitos desafios que estão a surgir nas novas gerações. Alcaraz provavelmente será um dos líderes junto a Rune e Tsitsipas. Estes rapazes estão a jogar a um alto nível constantemente, jogando muitos torneios e muitas semanas. Não jogo tanto e não planeio jogar tantas semanas como eles.