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Djokovic e Federer, uma vez mais
Ao contrário do que aconteceu no torneio feminino, e apesar dos seus adversários serem, em teoria, mais difíceis, os primeiro e segundo classificados do ranking mundial seguem tranquilamente para a final da edição de 2015 do Open dos Estados Unidos, cuja final poderá ser disputada a um domingo pela primeira vez desde 2007 – em 2013 e 2014 por decisão da USTA, antes disso devido à chuva.
No primeiro embate do dia, Novak Djokovic entrou em court pouco depois do final de o SL Benfica ter derrotado o Belenenses por 6-0 a contar para a liga portuguesa de futebol, e não quis ficar atrás de um dos clubes do qual é adepto e faz questão de mostrar – vestiu o equipamento dos encarnados quando disputou a edição de 2007 do Estoril Open e recebeu uma camisola personalizada após ter atingindo o topo do ranking pela primeira vez em 2011. Frente a um Marin Cilic muito longe do nível que foi apresentando ao longo do torneio – e a anos-luz da exibição frente a Federer nesta fase do torneio na temporada passada -, o número um mundial já liderava por dois sets a zero ao cabo de apenas 53 minutos, e com apenas um jogo perdido.
Na terceira partida, o ainda campeão em título ainda esboçou uma recuperação ao fazer o contra-break após ter sofrido a sua sexta quebra do encontro no início do parcial, mas Djokovic estava mesmo disposto a fechar o assunto o mais rápido possível, neste caso, em 1h23 e pelos parciais de 6-0 6-1 6-2. O sérvio alcança a sua sexta final em Flushing Meadows, quinta nos últimos seis anos (onde apresenta um saldo negativo de 1-4) e torna-se no primeiro tenista a alcançar a final dos quatro torneios do Grand Slam na mesma temporada desde Roger Federer, em 2009.
Quanto a Cilic, o croata irá cair para o 14º posto na próxima segunda-feira e veio-se a saber, no final do embate, que se encontrava lesionado desde o seu encontro da 4ª ronda frente a Jérémy Chardy, onde sofreu uma entorse – de facto, os 37 erros não-forçados e as percentagens de 45% de primeiros serviços e 22% de pontos ganhos com a segunda bola evidenciam isso mesmo.
Esse mesmo Roger Federer que começou por ganhar o primeiro set frente ao compatriota Stan Wawrinka, não sem antes salvar quatro pontos de break. No segundo parcial, foi a vez do antigo pentacampeão desperdiçar, ao ter disposto de seis oportunidades para quebrar o seu adversário nos primeiros cinco jogos, até que um jogo de serviço desastroso por parte do atual campeão de Roland Garros, a 3-3, embala Federer para a conquista do set – confirmado com outro break at love.
Na terceira partida, mais do mesmo, com o recordista de vitórias em torneios do Grand Slam a continuar a alto nível e o “apenas” vencedor de dois Majors bastante errático. Federer, que ganhou cerca de 80% quer de pontos com o primeiro serviço, quer em aproximações à rede – muitas com o famoso SABR -, carimbava a sua chegada à primeira final do US Open desde 2009 ao cabo de pouco mais que hora e meia de jogo, com os parciais finais de 6-4 6-3 6-1. É a primeira vez desde 2010 que o suíço alcança uma final de um Major em piso rápido, sendo também desde essa temporada que chega a dois encontros decisivos a este nível consecutivamente.
Federer pode ter derrotado facilmente um jovem “Nole” em 2007 – em três partidas, apesar de as duas primeiras terem ido a tie-break -, mas hoje em dia o sérvio é um jogador totalmente diferente e pode igualar o head-to-head entre os dois se triunfar no domingo. Por outro lado, o helvético, desde que completou trinta e quatro primaveras, ainda não cedeu qualquer set, tendo inclusive derrotado Djokovic pelo caminho na final de Cincinnati. Vai ser (mais) um grande encontro!
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