Djokovic deixa um recado claro antes da final do Australian Open

Por Pedro Gonçalo Pinto - Janeiro 27, 2023
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Novak Djokovic já se está a preparar para a final do Australian Open 2023, onde terá pela frente Stefanos Tsitsipas. O sérvio vai à procura do décimo título em dez finais em Melbourne Park, isto depois de bater Tommy Paul nas ‘meias’. Cheio de confiança, Djokovic acredita que tem tudo para ser feliz, mas sabe que ainda tem trabalho pela frente.

TRABALHO POR FAZER

Estou muito satisfeito por mais uma final de Grand Slam. É exatamente o que tinha imaginado e o que desejava quando cheguei à Austrália. A experiência de já ter estado nesta situação ajuda-me e o facto de nunca ter perdido uma final do Australian Open dá muita confiança para domingo. Mas ainda tenho trabalho para fazer no court. Vou enfrentar Tsitsipas, que está em grande forma e tem jogado o seu melhor ténis. Estou convencido de que estará muito motivado para ganhar o seu primeiro título do Grand Slam. Conheço o ténis dele realmente bem e ele o meu. Sei o que está no horizonte e tenho muita vontade. Sinto-me um privilegiado por estar aqui.

NERVOS DURANTE PRIMEIRO SET COM PAUL

Não cho que este torneio seja diferente dos outros Grand Slams em termos de stress. Cada Slam é uma oportunidade de ouro para conseguir um novo título, não sei quantas mais terei. Claro que sinto a pressão. Sinto stress e nervos, como qualquer outro jogador. Também emoção, são muitas sensações. Hoje no primeiro set, com 5-1 e set point, as coisas mudaram rapidamente. Sofri a nível físico e emocional. Nestas rondas finais de Grand Slams, podes esperar ter uma, duas ou três crises. Quantas menos, melhor. Hoje tive uma. Estou feliz por tê-la superado no fim do primeiro set e a partir daí estive realmente bem.

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Pode soar cliché, mas há que simplesmente aceitar. É mais fácil dizer do que fazer. Sinto que as coisas se vão acumulando. Lidar com todos estes fatores externos e desnecessários não é ideal num torneio tão importante, mas a minha vida sempre foi assim. Sobretudo nos últimos anos. Tento crescer, tornar-me resiliente e mais forte. Com a experiência que tenho e as minhas rotinas, sinto que sou suficientemente forte para saber o que tenho de fazer e consigo desligar-me. Não quero ouvir coisas sobre um artigo que se escreveu ou esta ou aquela notícia. Quero manter a minha mente serena e saudável para ter energia vital de que preciso no court. 

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt