Djokovic dá ‘aula’ sobre a importância das estatísticas e da análise de vídeo

Por Pedro Gonçalo Pinto - Janeiro 3, 2025

Novak Djokovic é alguém que vive ligado aos detalhes para perceber o que pode explorar para saber um pouco melhor todos os dias. O atual número sete do Mundo deu uma longa resposta durante uma conferência de imprensa em Brisbane, na qual detalhou toda a importância que atribui à análise de vídeo e de estatísticas.

“Alguns preferem receber pouca informação e seguir o instinto, os automatismos, sentir o adversário no court. Outros preferem debruçar-se sobre os detalhes. Eu faço parte do segundo grupo. Adoro as estatísticas, em especial a análise de vídeo. Gosto de identificar os padrões de jogo do meu próximo adversário. Dediquei muito tempo e dinheiro ao longo da minha carreira a isso, juntamente com a minha equipa. A chave é como transferes isso para o court, claro. Toda a gente pode ver e ler estatísticas, mas como as implementas para que funcionem de forma eficiente para ti? Quando estou no torneio, gosto que tudo se mantenha conceptual, para saber com precisão o que devo fazer ou o que o meu adversário vai fazer. Gosto que seja mais simples comparando com as semanas anteriores, em que gosto de descontrair o meu jogo e procurar os pormenores que me ajudam a ser melhor”, começou por afirmar.

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Djokovic explica que esta área sempre o interessou muito. “A minha primeira treinadora, a minha ‘mãe tenística’, que morreu em 2012, ensinou-me a base e a abordagem certa a este desporto desde que tinha oito ou nove anos. Levava-me a casa depois dos treinos e aprendia sobre a importância de ouvir música clássica ou da análise de vídeo, coisas que naquele momento não entendia, mas que seguia porque devia fazer. Mais tarde aprendi que tudo isso me deu uma base impressionante”, revelou.

Hoje em dia, não tem dúvidas de que foi determinante no seu sucesso. “Sempre fui alguém muito analítico, algo que também me permitiu estar muito tempo a um nível alto. Procuro sempre melhorar o meu jogo. A maioria dos tenistas de elite têm a aspiração de serem o melhor, pelo que fazem isso, não? Eu sempre tratei de investir na tecnologia e na equipa que me permite ser melhor”, rematou.

O ténis entrou na minha vida no momento em que comecei a jogar aos 7 anos. E a ligação com o jornalismo chegou no momento em que, ainda no primeiro ano de faculdade, me juntei ao Bola Amarela. O caminho seguiu com quase nove anos no Jornal Record, com o qual continuo a colaborar mesmo depois de sair no início de 2022, num percurso que teve um Mundial de futebol e vários Europeus. Um ano antes, deu-se o regresso ao Bola Amarela, sendo que sou comentador - de ténis, claro está - na Sport TV desde 2016. Jornalismo e ténis. Sempre juntos. Email: pedropinto@bolamarela.pt