Djokovic começa a acreditar: «Sinto-me muito melhor do que no ano passado»

Por José Morgado - Julho 4, 2025

Novak Djokovic reforçou a sua ambição em conquistar o oitavo título em Wimbledon, depois de uma exibição convincente na presente edição do torneio. O tenista sérvio, atualmente número sete do ranking ATP, mostrou-se satisfeito com o seu nível de jogo e declarou estar física e mentalmente preparado para enfrentar qualquer adversário.

“Se jogar como hoje, tenho muitas possibilidades contra qualquer um no Court Central”, afirmou Djokovic, visivelmente mais confiante do que em anteriores aparições na temporada. O sérvio explicou que, ao contrário do que aconteceu no ano passado, não sente limitações físicas e encontra-se totalmente recuperado do problema no joelho que o afetou em fases anteriores da carreira. “O ano passado havia dúvidas depois de Roland Garros. Este ano, não penso no joelho, sinto-me muito melhor. Estou fresco, em boa forma e com vontade de competir”, acrescentou.

Djokovic aproveitou ainda para partilhar uma breve troca de palavras com o francês Gaël Monfils, também ele veterano no circuito: “Disse-me: ‘Bom dia no escritório. A nossa idade pede dias assim.’ Rimo-nos. É verdade. É importante gerir bem o corpo e os momentos.”

Apesar da idade e da crescente concorrência no circuito, o sérvio garante que continua motivado para jogar ao mais alto nível e que ainda sente o entusiasmo dos grandes palcos, especialmente em Wimbledon. “Aqui, tal como em Melbourne, é onde me sinto mais confortável. Conheço este court como a palma da mão. Quando o meu ténis está alinhado, sou sempre perigoso.”

Com várias eliminações surpreendentes de jogadores do top 10, Djokovic vê abertas as portas para mais um possível triunfo no Grand Slam londrino. O seu próximo adversário será Miomir Kecmanovic, compatriota sérvio, num duelo onde Djokovic parte como claro favorito e onde tentará dar mais um passo rumo à história.

O veterano procura assim o oitavo troféu em Wimbledon, o que o colocaria lado a lado com Roger Federer como os maiores campeões da história do torneio masculino.

Leia também:

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com