Djokovic cauteloso com proposta insólita de Tipsarevic: «Temos de respeitar a história a tradição dos Grand Slams» 

Por Bola Amarela - Abril 17, 2019

Depois de cumprido o primeiro compromisso no Mónaco, onde se joga o Masters 1000 de Monte Carlo, esta semana, Novak Djokovic foi confrontado com as declarações algo insólitas do seu compatriota Janko Tipsarevic. O sérvio de 34 anos fez crer que vale quase tudo quando se trata de lutar pelo aumento dos prémios monetários dos jogadores nos principais torneios, inclusive mudar o torneio de Wimbledon para Abu Dhabi, Roland Garros para Roma ou o Open da Austrália para Pequim.

Em declarações ao The Tennis Podcast, Tipsarevic sugeriu esta alteração de cidade como alternativa à recusa do aumento dos valores distribuídos pelas principais provas do circuito. Como compatriota e amigo do atual número 318 mundial, e presidente do Conselho de jogadores do ATP, Djokovic disse tudo ser possível, com a evolução a que o ténis está constantemente sujeito, mas mostrou cautela nos progressos.

“[Os Grand Slams] têm mais de 120 anos, temos de respeitar a sua história e tradição”, disse o número um mundial aos jornalistas presentes no Mónaco. “Mas, ao mesmo tempo, temos de tentar equilibrar isso com os progressos no desporto. Se vai acontecer, no futuro, não sabemos. Tudo é possível”, admitiu.

O sérvio de 31 anos, comentando, ainda, o conselho que Tipsarevic lhe dirigiu, retirar-se do cargo de presidente do Conselho de Jogadores, pelas distrações que tal cargo acarreta. Mas o dever fala mais alto. “A sua opinião sobre o meu envolvimento na política do ténis faz sentido, de certa forma”.

“Conservar energia e focar-me no mais importante, o ténis e minha família, mas, ao mesmo tempo, esta é uma decisão consciente e responsável. Assumi o compromisso e sinto que os jogadores me querem no cargo. Temos consciência de que se trata de um momento importante para o ténis, há muitas mudanças a acontecer, regras diferentes e novos torneios. São questões sérias, que estão a afetar muitos jogadores e que precisam de ser abordadas neste momento”, concluiu.