Djokovic: «Acredito que posso bater o recorde de Slams e semanas a número 1»

Por José Morgado - Maio 14, 2020
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Novak Djokovic, número um mundial, é nesta altura o terceiro melhor jogador de todos os tempos em termos de títulos de Grand Slam (17 contra 20 de Roger Federer e 19 de Rafael Nadal) e semanas a número um (282, contra 310 de Federer e 286 de Pete Sampras) e nem sequer faz questão de esconder que chegar ao topo da história é uma das coisas que mais o motiva.

“Sou muito confiante em mim mesmo. E isso vem da auto-confiança que sempre tive por fazer aquilo que mais gosto. É claro que tive de sacrificar muitas coisas, que gostaria de ter passado mais tempo como a minha família, com os meus filhos, há alturas em que tenho de deixá-los durante um mês e é difícil, mas ao mesmo tempo estou muito agradecido pelo facto de as pessoas mais importantes da minha vida ainda me apoiarem nesta vida que tenho. Eu acredito que foi o ténis que me escolheu a mim e não o contrário”, confessou o sérvio no programa ‘In Depth with Graham Bensinger, onde também esteve a sua mulher Jelena.

Novak Djokovic assume que bater os recordes de Federer é um objetivo, mas rejeita que seja uma obsessão. “Eu acredito que posso ganhar mais Grand Slams e bater o recorde de mais semanas a número um do Mundo. Esses são definitivamente os meus dois objetivos. Mas isso não é a única coisa que me motiva. Não seria sustentável. O que me preenche todos os dias está mais relacionado com o meu crescimento pessoal.”

E até quando teremos Djokovic no circuito? Até aos 40 é bem possível. “Não acredito em limites. Os limites são apenas uma ilusão da tua mente. Quero jogar até tarde, mas ao mesmo tempo tenho de manter determinadas rotinas para me manter saudável. Tudo tem de funcionar em harmonia com a minha família e vida pessoal. O número de torneios que eu jogo vai decrescer em breve. Talvez ainda jogue aos 40, mas provavelmente focando-me apenas nos maiores torneios.”

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt