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Dinara Safina fala sobre os difíceis tempos depois da retirada
Sem disputar qualquer torneio desde 2011, Dinara Safina está neste momento em Madrid a trabalhar para o Mutua Madrid Open, estabelecendo a ponte entre as jogadoras e o torneio para alguns eventos. A jogadora russa esteve à conversa com o blog The Yellow Ball Corner e confessou que o tempo fora da competição não foi fácil, analisando ainda as diferenças do ténis desde a sua retirada.
A entrada de Dinara Safina para a equipa de organização do torneio espanhol surgiu por ligações com Ion Tiriac, um dos principais donos do evento: “estava em Valência de férias e ele propôs-me um trabalho aqui, e eu aceitei! Já não estava no circuito há muito tempo por isso fiquei bastante entusiasmada por poder ver toda a gente outra vez”.
Campeã desde mesmo evento em 2009, Safina confessou algumas dificuldades após a saída do circuito profissional pelo facto de tudo acontecer sem ter sido planeado:
“Não foi fácil, porque agora dou por mim a não saber o que fazer. Quando a retirada é planeada já se tem uma certa preparação mental, mas as coisas aconteceram tão depressa. Três dias depois de jogar aqui o meu último encontro fui ao médico e comecei a chorar. Sentia tantas dores nas costas”
Apesar de tudo, a ex-número um do mundo, que sempre teve ligações fortes com Espanha (local onde passou parte da sua adolescência a treinar), diz estar “feliz por poder ajudar” as jogadoras e mantém-se otimista quando ao seu estado de saíde: “as costas estão OK mas tenho outros problemas com os quais estou a lidar e que espero poder resolver em breve“.
E o futuro? “Continuo sem saber o que gostaria de fazer. Há tantas coisas na minha cabeça. Eu quero ajudar alguém mas não sei mesmo se consigo ou se só iria fazer pior”, comentou a antiga campeã, atualmente com 29 anos.
“O jogo está diferente, não sei se para melhor ou para pior”
Apesar de se manter afastada dos courts (para competir em torneios, já que esta semana praticou com algumas jogadoras em Madrid), Dinara Safina continua a acompanhar atentamente os desenvolvimentos do circuito feminino. Segundo a sua análise, o ténis de hoje tornou-se mais equilibrado e suscetível a surpresas:
“O jogo está diferente, não sei se para melhor ou para pior. Antes era muito competitivo dentro do top-10, nenhuma jogadora dentro das dez primeiras costumava perder antes dos quartos-de-final, mas agora já não é bem assim. Não consigo perceber se o nível desceu ou se está mais equilibrado, talvez seja um pouco dos dois”.
Dinara frisou que desde os primeiros passos no desporto que estava “pronta para sair de casa, para ir para Valência, para fazer dieta. Estava apta para fazer todos esses sacrifícios, mas será que os jogadores de hoje em dia também estão? Acho que alguns não dão importância a esses detalhes, mas isso acaba por ter um impacto enorme”.
“Sabia que não tinha tanto talento como o meu irmão. Toda a gente o sabia, mas eu trabalhava bastante. Precisava disso para ser boa”, concluiu a carismática russa.
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