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Dimitrov e o (insustentável) peso da alcunha 'Baby-Fed'
Se aliar o talento aos bons resultados, por si só, já requer muito e contínuo trabalho, o que dizer quando, em simultâneo, há ainda um grandioso nome para igualar. Grigor Dimitrov, apelidado de Baby-Fed desde tenra idade, sabe do que falamos melhor do que desejaria.
“Senti um pouco de peso durante toda a minha vida com essa coisa do Roger [Federer], de me compararem a ele e tudo mais”, admitiu o búlgaro de 25 anos aos jornalistas presentes em Toronto, no Canadá . “Isso começou quando eu era junior e não me ajudou. Não me ajudou mesmo nada. Tive de lidar com isso durante toda a minha carreira. Graças a Deus que isso ficou para trás”.
Apontado como um caso raro de talento desde que começou a dar os primeiros passos no court, Dimitrov não tem conseguido corresponder às altas expetativas que lhe foram atribuída. Já foi oitavo do mundo (agosto de 2014), mas atualmento ocupa o 40.º posto ranking mundial.
“Há uma altura na vida em que temos de nos sentar e dizer, ‘o que é que eu quero fazer? De que forma quero ser lembrado? Qual é o meu legado? O que é importante para mim? É o tipo de conversa que tenho comigo mesmo quando olho para o homem que está no espelho. Porque dele não se consegue esconder nada”.
“Havia muitas coisas que eu precisava de dizer a mim mesmo e aceitá-las”, confidenciou Dimitrov, que luta esta quinta-feira por um lugar nos quartos-de-final do Masters 1000 de Toronto, diante de Ivo Karlovic.
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