Dimitrov e o amor pela esquerda a uma mão: «É a mais bela e complicada pancada do ténis»

Por Nuno Chaves - Março 11, 2024

O desaparecimento da esquerda a uma mão do top 10 mundial tem sido um tema profundamente debatido e Grigor Dimitrov também se quis juntar à discussão.

O tenista búlgaro, como se sabe, está às portas da elite dos dez melhores e não fugiu ao futuro da esquerda a uma mão.

ESQUERDA A UMA MÃO

Temos um grande problema se desaparecer. Por agora, continuamos a defender o forte e oxalá houvesse mais tenistas com esta pancadas. Vou sempre defender. É a pancada mais bela deste desporto e também a mais complicada. Sei que vamos ver cada vez menos nas novas gerações porque tudo exige mais potência mas seria genial ver mais tenistas com esquerda a uma mão. Cada vez que executas bem é simplesmente impressionante. 

AMOR AO TÉNIS

A lição mais importante que o ténis me deu foi a disciplina porque num encontro de ténis vivem-se todas as situações possíveis de uma vida. Às vezes tento separar um pouco a minha vida dentro e fora do court mas cheguei à conclusão de que a vida é o ténis e devo aproveitar cada oportunidade que tenho para dar o meu melhor, sem ter medo de me arrepender por nunca ter feito algo. Aprendi a cuidar-me muito, a ter as minhas rotinas e a saber que, se as coisas correrem mal, devo trabalhar mais para criar outras oportunidades. O ténis deu-me tudo na vida e por muitos altos e baixos que tenha tido, irei sempre defender este desporto. 

DESEJO DE CONTINUAR A MELHORAR

Como jogador nunca te dás por satisfeito mas sou plenamente consciente de que posso melhorar o meu ténis. Estou muito orgulhoso pelo que alcancei no último ano, progredi muito no serviço, na resposta, fui mais inteligente a escolher as pancadas mas sei que para conseguir as coisas que desejo, devo melhorar ainda mais. Vou conquistando passo a passo os meus desejos e creio que se continuar com esta ética de trabalho vou conseguir todas as minhas metas. 

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Jornalista na TVI; Licenciado em Ciências da Comunicação na UAL; Ténis sempre, mas sempre em primeiro lugar.