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Diego Schwartzman: "O facto de dizerem que era demasiado baixo deu-me motivação para ser o competidor que sou"
É sem dúvida um dos nomes em alta nesta temporada. Diego Schwartzman fixou-se definitivamente no top-40 aos 24 anos e promete mais, agora que já é visto como um dos melhores do circuito. Em entrevista ao meio de comunicação argentino Cancha 1 Radio, Schwartzman partilha algumas experiências vividas ao longo da, ainda curta, carreira como profissional. Um dos primeiros aspetos abordados foi o da estatura (1,70m) e sobre como ultrapassou essa suposta dificuldade.
“Foi um pouco passo a passo, essa foi uma barreira que sempre tive e por sorte as coisas acabaram por sair bem. Sempre ouvi as pessoas dizerem que era baixo e é difícil não olhar para o outro lado e chocar com essa realidade, há poucos jogadores com esta estatura no top-100 e isso ajudou-me a melhorar”, explica o argentino, mostrando que as barreiras que enfrentou acabaram por constituir uma motivação.
“Prefiro colocar o foco numa coisa concreta do que em várias coisas de uma vez”
“Creio que desde essa altura comecei a mostrar a alma de competidor que levo dentro de mim. Quando sabia que não tinha armas para ganhar a jogadores mais físicos, saía a minha alma de competidor, sempre em busca de soluções para esse problema”, argumenta, revelando que as críticas tinham nele um impacto positivo. “Partindo dessa base, tudo o que me diziam servia para me motivar e superar isso. Com todos os treinadores aprendi muito. Ouço tudo o que se passa ao meu redor e tudo isso me ajudou a ser melhor competidor”.
A entrevista passa depois para a análise de aspetos mais técnicos do jogo de Schwartzman. “Evoluí muito. Não sei se tanto na técnica das pancadas, mas tento sempre fazer pequenas melhorias nos apoios, bater mais à frente. Fui aprendendo. Colocando o foco numa coisa concreta e não tanto em várias coisas de uma vez”.
“A resposta é um dos pontos fortes do meu jogo”
Mas nem só no aspeto técnico o argentino procurou melhorar. “Também trabalhei muito a parte física, a minha intensidade de pernas. Sei que vou jogar encontros muito longos, melhorei em tudo, mas com calma, sem pressas. Ate porque treinar muitas coisas novas ao mesmo tempo é agoniante”. A própria forma como responde, uma das mais admiradas no circuito, foi abordada. “A minha posição é um pouco diferente, fui tentando trabalhar nela, mas não sei se é algo no qual se possa trabalhar muito, penso que é algo mais natural”.
Apesar disso, o argentino conclui, explicando que tipo de exercícios faz para melhorar a sua resposta. “É uma pancada que sempre trabalhei com muitos exercícios. Devolver atrás, depois devolver à frente, depois ir à rede. Acabou por ser um ponto forte no meu jogo”.
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