Décima edição do Rio Open bate recorde de público
A décima edição do Rio Open foi histórica tanto dentro quanto fora de quadra. Com ingressos esgotados desde 2023, o torneio, que reuniu grandes nomes do tênis mundial no Jockey Club Brasileiro, bateu recorde de público com 65 mil pessoas ao longo dos nove dias, e movimentou mais de R$ 160 milhões na economia no estado do Rio do Janeiro, entre turismo e geração de empregos, com mais de 5 mil vagas diretas e indiretas.
Pela primeira vez um tenista brasileiro foi campeão do torneio, com a conquista de Rafael Matos nas duplas ao lado do colombiano Nicolas Barrientos. Já na final de simples, dois tenistas de um mesmo país decidiram o título. O argentino Sebastian Baez venceu o compatriota Mariano Navone e recebeu o troféu do torneio das mãos de Gustavo Kuerten e David Ferrer. Além disso, cinco brasileiros disputaram a chave principal (com três tenistas do país alcançando as quartas de final – João Fonseca, Thiago Monteiro e Thiago Wild) e, pela primeira vez, o evento promoveu um torneio de tênis em cadeira de rodas.
Rafael Matos faz história nas duplas e se torna o primeiro brasileiro campeão no Rio Open
Entre os brasileiros, João Fonseca roubou a cena durante o Rio Open e teve uma semana dos sonhos. O tenista de 17 anos atraiu todos os holofotes ao conquistar suas duas primeiras vitórias da carreira na ATP, e tornar-se o mais jovem brasileiro nas quartas de final de um torneio do circuito desde Gustavo Kuerten no ATP de Umag, em 1996. Além disso, o carioca entrou para o hall dos mais jovens do tênis mundial a atingir essa etapa desde os anos 2000, ingressando em uma lista que tem Rafael Nadal, Alexander Zverev, Karen Khachanov e Kei Nishikori. Outro dado histórico para o ATP 500, foi Felipe Meligeni, o primeiro tenista do Brasil a passar pelo qualifying.
“A décima edição entrou para a história e consolidou definitivamente o Rio Open com um grande evento do Brasil. O público que compareceu ao complexo do Jockey pôde experimentar grandes emoções. Tivemos o primeiro título de um brasileiro nas duplas, o talento de João Fonseca e promovemos pela primeira vez o torneio Wheelchair, com grandes jogadores de tênis em cadeiras de rodas. Fora das quadras proporcionamos lazer de qualidade, com gastronomia diversa e de alto padrão, ativações das marcas, um belíssimo espetáculo de drones que iluminou o céu do Rio de Janeiro. Tudo isso com cuidado e zelo pelas pessoas que nos prestigiam. Pela primeira vez, colocamos em prática um projeto de acessibilidade em todo o complexo. Foi uma edição inesquecível, marcada por momentos emocionantes. Agora entramos em um novo ciclo de Rio Open, com expectativa altíssima”, disse Marcia Casz, diretora do Rio Open.
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Lui Carvalho, diretor do Rio Open, ressaltou a importância desses aspectos e expressou sua satisfação com os resultados alcançados. “Histórica. Se eu pudesse resumir em uma palavra a edição de 10 anos do Rio Open seria essa. Do jeito que imaginávamos, quebrando recordes. É muito gratificante ver que o mundo finalmente entendeu que a energia vinda das arquibancadas do Rio Open não se iguala a nenhum outro lugar do mundo. Os jogadores gostam e se sentem confortáveis em fazer parte de um torneio tão especial quanto esse”, comentou Lui.
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O Rio Open também fez uso do poder do esporte para promover iniciativas sociais. Crianças e jovens dos projetos parceiros da competição, além do Núcleo Esportivo Rio Open (NERO), participaram do torneio Winners, voltado exclusivamente para os integrantes destas instituições. Além disso, eles ganharam ingressos para partidas do evento, e alguns deles ainda fizeram parte da equipe de boleiros e foram sparrings dos atletas profissionais.
Para completar, jovens que participaram de outras edições receberam cursos de capacitação de encordoamento, árbitros, treinadores e outras atividades ligadas ao esporte, e tiveram a oportunidade de trabalhar como estagiários e até coordenadores em áreas do evento.
No pilar ambiental, o Rio Open Green concentrou todas as iniciativas que têm objetivo de minimizar o impacto ambiental gerado pelo torneio. Desde 2020, em parceria com a ENGIE, líder em energia renovável no Brasil, passou a ser um evento carbono neutro.
Pelo terceiro ano consecutivo, o Rio Open irá neutralizar também as emissões de CO2 derivadas do deslocamento do público. A neutralização da pegada climática do evento foi reconhecida pela ONU pela contribuição voluntária e responsável com as metas globais de descarbonização da economia.