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Davis: Rui Machado revela convocados para a deslocação ao Peru

Nuno Borges (42.º do ranking mundial), Jaime Faria (116.º), Henrique Rocha (176.º), Frederico Ferreira Silva (263.º) e Francisco Cabral, 34.º da hierarquia ATP de pares. É com este quinteto que o selecionador nacional Rui Machado escolheu para representar Portugal no Grupo Mundial I da Taça Davis, em Lima, frente à congénere do Peru, a 12 e 13 de setembro próximos.
Será a primeira vez que Portugal e Peru vão medir forças e, ditou o sorteio, que a Seleção Nacional jogue fora de casa pela quinta eliminatória consecutiva – desde 2023 que não é anfitriã -, pelo que foram os sul-americanos a escolher a terra batida por superfície e o Club Lawn Tennis de la Exposicion, com capacidade para receber dois mil espectadores, como palco para a eliminatória. Em causa está um lugar nos Qualifiers de 2026.
Nuno Borges é o mais cotado dos portugueses da atualidade. Estreou-se em 2021 na Taça Davis e esta é a nona vez que é chamado à Seleção Nacional na mais importante competição por equipas. O maiato, de 28 anos, venceu cinco dos oito encontros singulares disputados e três dos quatro na variante de pares. É também o único português a ter ganho a um top-10 num Grand Slam, como aconteceu em Roland Garros frente a Casper Ruud.
Curiosamente, o norueguês, ex-n.º 2 mundial, também entra na história de Portugal na Taça Davis, quando na mesma equação figura o nome de Henrique Rocha, atual número três nacional. Uma das três vitórias, em outros tantos encontros disputados pelo portuense, de 21 anos, ao serviço da Seleção Nacional, aconteceu precisamente frente a Ruud, em setembro de 2024, fazendo dele o único tenista luso a ganhar a um top-10 nesta competição. Rocha revelou sangue frio quando ganhou o quinto embate frente a Romain Arneodo, dando o ponto do sucesso luso na última eliminatória diante da congénere do Mónaco, em fevereiro último.
Com 22 anos celebrados a 6 de agosto, Jaime Faria é o número dois nacional e estreou-se na Taça Davis o ano passado. Não conseguiu ser feliz nas quatro partidas jogadas pela Seleção, mas é o oitavo tenista português a ter figurado no top-100 e tem revelado a verve vitoriosa dos grandes palcos. O Open da Austrália, em janeiro, é disso exemplo, pois passou o qualifying e deu nas vistas no Melbourne Park quando obrigou o decacampeão Novak Djokovic a puxar dos galões.
Frederico Ferreira Silva, 30 anos, foi chamado pela 15.ª vez à Taça Davis. O esquerdino jogou em seis eliminatórias e totaliza cinco vitórias (quatro em singulares e um nos pares) e, apesar de castigado por lesões, voltou a merecer a confiança do capitão.
Para o par, Rui Machado não podia deixar de fora Francisco Cabral, o melhor jogador de duplas da atualidade. Desde que se estreou por Portugal em 2022, o portuense, de 28 anos, venceu três de quatro encontros. Passa por uma excelente fase na carreira, pois, além dos dois títulos ao nível Challenger, regressou às conquistas ATP e, ao lado do austríaco Lucas Miedler, somou o terceiro troféu do circuito principal no ATP 250 de Gstaad, na Suíça, tornando-se no único português com três títulos ATP, curiosamente num torneio que ganhara em 2022, depois do sucesso no Estoril Open, ao lado do compatriota e amigo de infância, Nuno Borges, 80.º do ranking de pares.
O Peru, que ganhou ao Líbano nos Play-Offs do Grupo Mundial I para chegar a esta fase, tem Ignacio Buse (135.º), Gonzalo Bueno (294.º), Juan Pablo Varillas (313.º) e o especialista de pares Alexander Merino (117.º da variante) como jogadores mais bem cotados. Agora resta saber quem o capitão Luis Horna vai escolher para este duelo com o intuito de dar continuidade às três vitórias caseiras. Um ensejo que, por certo, Rui Machado e os seus eleitos querem contrariar.
“Estamos à espera de uma eliminatória contra o Peru muito difícil. Têm jogadores que estão a subir bastante de forma e são jovens com muita vontade. A viagem bastante longa apresenta-se como uma dificuldade acrescida para nós, mais ainda na data do calendário em que vai ser feita, pois será logo depois dos torneios dos Estados Unidos e implica transição de piso rápido para terra batida. Vamos ver quantos jogadores teremos ainda a jogar em piso rápido nessa altura”, começou por comentar o selecionador nacional Rui Machado, aludindo ao facto de tanto Nuno Borges como Francisco Cabral têm entrada direta nos quadros principais do Open dos Estados Unidos, derradeiro Grand Slam da temporada que se realiza entre 24 de agosto e 7 de setembro, no qual Jaime Faria e Henrique Rocha terão de passar pelo qualifying. “Vai ser um desafio a adaptação às condições e ao fuso horário, por isso vamos tentar viajar mais cedo. Mas, como sempre, vamos com a ambição de dar tudo por Portugal e sair de lá com a vitória e apurados para os Qualifiers para as Finals. A nossa equipa é uma excelente mistura de experiência e juventude, que pode ser crucial não só dentro do campo, mas na forma como se podem gerir as emoções fora dele. Sendo uma semana diferente, a da Taça Davis é uma semana cheia de emoções e este misto de experiência e juventude pode ser muito importante para ganhar a eliminatória”, rematou o capitão português.
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