David Ferrer: «Fora do ténis relativizas tudo muito mais»

Por Tiago Ferraz - Fevereiro 6, 2020
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O antigo tenista espanhol David Ferrer deu uma entrevista à Agência EFE onde falou um pouco sobre aquilo que foi a sua carreira profissional e elegeu alguns grandes momentos na carreira:

«Foram muito grandes momentos. Ainda assim, talvez o melhor tenha sido quando vencemos a Taça Davis em Sevilha. E também me lembro que em 2013 acabei em terceiro no ranking, em 2012 ganhei sete torneios e o meu primeiros Masters 1000, em Paris. Não sei dizer um momento em em concreto, mas tive anos muito bons e sempre fui muito regular. O ténis fez-me muito feliz», disse.

David Ferrer deixou também palavras elogiosas a Rafael Nadal e acredita que o compatriota foi decisivo para que o nível de jogo aumentasse, descartando a possibilidade de Nadal lhe ter “retirado” protagonismo:

«Não penso assim na verdade. O ténis deu-me muito, estou muito contente por tudo o que consegui.  Estou muito contente assim, nunca pensei nisso. O Rafa ajudou-me muito porque melhorei muito o meu ténis com ele porque ter alguém tão bom pela frente faz com que te esforces mais e queiras evoluir todos os dias», salientou.

O antigo tenista espanhola diz ainda que não pensa afastar-se, em definitivo, da modalidade devido à ligação que sempre teve com a modalidade:

«Não penso afastar-me do ténis porque esta foi sempre a minha vida. Foi o que sempre fiz, ao que sempre me dediquei e é o que mais gosto de fazer. Continuo ligado (ao ténis), jogo em veteranos, sou diretor do Barcelona Open e estou feliz», afirmou.

David Ferrer abordou, igualmente, a sua “nova vida” agora que está afastado dos courts:

«Sinto falta das conversas com os meus companheiros e também dos momentos de solidão. Agora, com família, tens menos tempo para ti mesmo porque o principal é a família. O sinto menos falta é de viajar e da pressão que sentes antes dos encontros. Agora é tudo muito mais fácil. Quando deixas de jogar, apercebes-te de coisas que antes nem pensas e relativizas tudo muito mais», vincou.

Jornalista de formação, apaixonado por literatura, viagens e desporto sem resistir ao jogo e universo dos courts. Iniciou a sua carreira profissional na agência Lusa com uma profícua passagem pela A BolaTV, tendo finalmente alcançado a cadeira que o realiza e entusiasma como redator no Bola Amarela desde abril de 2019. Os sonhos começam quando se agarram as oportunidades.