Danilovic: «Sou uma privilegiada por receber conselhos do Djokovic»

Por José Morgado - Dezembro 4, 2025

Novak Djokovic continua a ser uma referência absoluta para o ténis sérvio e mundial, não apenas pelos títulos, mas também pela forma como se disponibiliza para ajudar os mais jovens. Quem o garante é Olga Danilovic, atual melhor jogadora sérvia, que viveu em 2025 uma das melhores épocas da carreira e reconhece em Djokovic uma figura essencial no seu crescimento.

Danilovic admite sentir-se “uma privilegiada” por poder contar com o apoio regular do número quatro mundial. “Ele está muito envolvido no ténis sérvio. Está sempre disponível para falar connosco sobre tudo. Quando és jovem e não sabes bem o que se passa à tua volta, poder perguntar-lhe e receber conselhos… é diferente. Depois de falar com ele só penso: ‘Dêem-me a raquete, vou ganhar a toda a gente’”, revelou, entre risos, recordando o impacto motivacional que Djokovic sempre lhe transmitiu.

Um dos momentos mais marcantes da carreira da sérvia foi precisamente ter jogado ao lado de Djokovic na United Cup de 2024, em pares mistos — experiência que, confessou, a deixou “nervosíssima”. “Sentia que não podia falhar uma bola. Quando o vi a entrar atrás de mim no court, emocionei-me”, contou.

A jogadora destacou ainda a aura especial do campeão. “Sentes a presença dele. É alguém que aperfeiçoou este desporto, sobretudo na mentalidade. Tenho muito orgulho em poder dizer que é meu amigo. Nunca me senti julgada ou desconfortável.”

Quando questionada sobre o melhor conselho que recebeu, Danilovic apontou para algo mais profundo do que uma simples frase: “Não consigo escolher apenas um. O que mais me marcou foi a sua força mental e a forma como é fiel a si próprio. Ensina-nos a seguir o nosso caminho. Esse é o maior conselho que me deu.”

A sérvia espera agora transformar essa inspiração num 2026 de afirmação definitiva na elite mundial.

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 16 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: jose_guerra_morgado@hotmail.com