Da vértebra partida à porta do top 50: o emocionante relato de Cachín
Pedro Cachín ocupa atualmente o 66.º posto do ranking ATP, sendo que o seu recorde pessoal chegou no ano passado, quando esteve no 54.º lugar. Algo muito especial para este tenista argentino de 27 anos, que tem um trajeto cheio de altos e baixos e no qual chegou a duvidar muito de que iria atingir este patamar.
“Ser número 54 no ano que comecei a 250 é o melhor exemplo para explicar a importância da consistência. Tento ser muito profissional. Durante muitos anos trabalhei e não cheguei ao nível que pensava que podia alcançar, messes anos ajudaram-me a tornar na pessoa que sou agora. Em 2016, por exemplo, sofri uma fatura numa vértebra e não sabia o que ia acontecer. Depois, em 2019, sofri uma lesão grave no tornozelo, então os mesmos pensamentos voltaram”, começa por contar no Behind The Racquet.
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Mas como é que Cachín foi dar a volta? “Por sorte, aprendi com todas aquelas experiências, até que em 2022 tudo mudou para melhor. Tornei-me no número 54 do Mundo, a jogar os melhores torneios do circuito, cheguei à terceira ronda do US Open rodeado de um grande grupo de familiares e da minha equipa. Nunca vou esquecer. As pessoas no mundo do ténis começaram a reconhecer-me, algo que me enche de orgulho”, refere.
O argentino confessa que nem sempre acreditou que ia ser possível alcançar tudo isto. Mas o que lhe corre no sangue fez a diferença para nunca parar de lutar e finalmente alcançar os voos com que sempre sonhou.
“Durante muito tempo tive medo de não ser bom o suficiente para este desporto. As pessoas acreditavam que eu ia explodir cedo, que podia estar nos grandes torneios aos 21 ou 22 anos. Mas o medo cresceu quando os resultados não apareceram. Venho de uma família trabalhadora, que todos os dias acorda com vontade de ser a melhor na sua profissão. Eu continuo a ser o mesmo miúdo humilde, mesmo depois de chegar a número 54 do Mundo. Tenho medos, mas vivo com eles e aprendo”, rematou.