Cobolli bate Jarry em duelo épico; Korda resiste a cinco sets, Shelton e Musetti também vencem

Por José Morgado - Janeiro 15, 2024
cobolli selfie

Flavio Cobolli, italiano de 21 anos que os portugueses conhecem muito bem depois de ter conquistado em 2023 o Lisboa Belém Open a caminho do top 100, saiu esta segunda-feira por cima de um dos melhores e mais emocionantes encontros do Australian Open até ao momento, ao alcançar a sua primeira vitória da carreira em torneios de Grand Slam de forma absolutamente heróica.

O jovem transalpino, que passou pelo qualifying e vai voltar ao top 100 depois desta quinzena em Melbourne, derrotou na primeira ronda do Happy Slam o chileno Nicolas Jarry, 18.º ATP e vindo da melhor época da sua vida, por 6-4, 3-6, 6-3, 2-6 e 7-5, num encontro que superou as três horas e no qual chegou a estar a perder por 3-5 no quinto set, antes de vencer os últimos quatro jogos de forma consecutiva. No último jogo, quando servia para forçar o tiebreak, Jarry liderou por 30-0 mas perdeu um ponto por lhe ter saltado uma bola do bolso e depois… não venceu mais nenhum.

Este encontro contou com um ambiente digno de Taça Davis e no final festejou-se como se de um grande título se tratasse. Porque a primeira vitória num Grand Slam… nunca se esquece!

Jarry acabou por ser o único cabeças-de-série a perder até ao momento no quadro masculino. Ben Shelton (16.º ATP), Lorenzo Musetti (25.º) Sebastian Korda (29.º) avançaram todos para a segunda ronda, ainda que de maneiras distintas. Shelton só precisou de três sets para derrotar o espanhol Roberto Bautista, ex-top 10, por 6-2, 7-6(2) e 7-5; Musetti jogou quatro partidas no duro triunfo diante do francês Benjamin Bonzi (110.º), 7-6(3), 7-6(4), 4-6 e 6-2; e Korda precisou mesmo de cinco partidas para levar a melhor sobre o qualifier checo Vit Kopriva (132.º), num encontro em que venceu os últimos seis jogos: 6-1, 6-4, 2-6, 4-6 e 6-2.

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Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt