Cinà: «Sinto a pressão de ser a nova promessa, mas tenho de manter a calma»

Por Rodrigo Caldeira - Dezembro 12, 2025

Federico Cinà terminou a temporada de 2025 no 237.º lugar do ranking ATP. Com 18 anos, o jovem italiano deu um grande salto para o circuito profissional quase sem medos, preparado para enfrentar qualquer adversário. Cinà disputou o seu primeiro torneio desta categoria em Miami, onde conquistou a sua primeira vitória ATP. A sua presença nas fases de qualificação de Grand Slams como o US Open confirma a evolução daquele que poderá ser a próxima grande estrela do ténis italiano.

PRIMEIRA VEZ NO CIRCUITO PROFISSIONAL 

“Comecei 2025 com poucas expectativas, porque no ano anterior joguei muito poucos Challengers, só ganhei alguns. No entanto, desde o início da temporada senti que estava a um bom nível, percebi que podia fazer bem. Depois tive também as minhas primeiras experiências ao nível ATP. Não foram fáceis, mas acho que as gerei bem. Estou satisfeito com o que aconteceu. No geral, estou contente com a forma como correu 2025. Foi um ano novo, diferente dos anteriores, mais difícil e com novos desafios, mas acho que os ultrapassei bem. Há alturas do ano em que nada garante que as coisas vão correr bem. Por exemplo, o último período foi um pouco mais fraco. Às vezes tive algumas dificuldades, tanto físicas como mentais. De vez em quando surgem situações difíceis, mas é preciso aguentar e tentar geri-las. De vez em quando encontro dificuldades, e é por isso que preciso de melhorar ainda mais nesse aspeto.”

DIFERENÇA ENTRE CHALLENGER E ATP 

“Mesmo no nível Challenger, é muito difícil, porque há jogadores que querem realmente ganhar. Todos são muito competitivos, apesar de serem dois circuitos distintos. Mesmo assim, não acho que exista tanta diferença entre eles. O aspeto que mais me custa nos meus adversários é a preparação física: são todos muito completos e mentalmente preparados. Quando entras em court, sabes que tens de ganhar o encontro, ninguém te ajuda ou te oferece nada. Na verdade, quando veem a minha estatura mais baixa, até entram em campo com ainda mais vontade de vencer.”

PRESSÃO DE SER NOVA PROMESSA 

“Melhorei, também porque certas experiências são inevitáveis. Jogar contra tenistas mais velhos, ou simplesmente estar rodeado de pessoas mais experientes, ajuda-te a crescer como pessoa. Sinto-me também melhor na comunicação. Sinto a pressão de ser a nova promessa, mas também gosto de poder falar de mim, só que tenho de manter a calma, tenho de fazer a minha parte, treinando sem grandes expectativas. Se começar a tê-las agora, querendo fazer tudo demasiado depressa, talvez me perca um pouco. É melhor pensar na rotina diária e tentar fazer bem as coisas.”

Apaixonado por desporto no geral, o ténis teve sempre presente no topo da hierarquia. Mas foi precisamente depois de assistir à épica meia-final de Wimbledon em 2019 entre Roger Federer e Rafael Nadal, que me apaixonei e comecei a acompanhar de perto este fabuloso desporto. Atualmente a estudar Ciências da Comunicação na Universidade Autónoma de Lisboa.