Checos queixam-se de ‘frio catastrófico’ e Machado responde: «Temos de nos agasalhar»

Por José Morgado - Fevereiro 2, 2023

Os checos chegaram no domingo à noite à Maia para a eliminatória de qualificação para as Davis Cup Finals e na segunda-feira já havia queixas públicas em relação… ao frio sentido a norte do nosso país. Jogadores e capitão checo mostraram-se surpreendidos com as condições do Complexo de Ténis Municipal da Maia e com a falta de aquecimento em alguns dos quartos.

“Não é possível treinar nestas condições. Em 17 anos de Taça Davis nunca tive de lidar com condições como estas. Quando tens de treinar de casaco e fato de treino, os teus movimentos ficam limitados”, disparou Jaroslav Navratil, antigo tenista e atual selecionador checo, em declarações ao site “Czechia”, descrevendo as condições encontradas como de... “catastróficas”.

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Esta quinta-feira, em conferência de imprensa, Navratil mudou de tom. “Já estive de férias duas vezes em Portugal, mas no domingo estava muito frio. Especialmente no hotel. O primeiro treino não foi bom. Não para mim mas para os jogadores. Se estão oito graus é frio para os jogadores. Não foi fácil. Podem lesionar-se. Especialmente porque vêm da Austrália, onde está muito quente. Ninguém pode mudar o tempo e desde terça está muito bem. O que é importante é que comecemos os encontros às 15 horas. Quando o público chegar, vai ficar mais quente e é igual para os dois lados.”

Rui Machado reagiu às queixas dos checos. “Aqui o inverno é diferente. É como vivemos o inverno aqui. Temos de nos agasalhar o dia inteiro. Estamos habituados. Não temos as mesmas condições de frio como outros países europeus porque normalmente está mais quente. Mas nestes meses sofremos um bocadinho mais. Fomos surpreendidos pelas queixas porque estamos habituados. Acho que as condições são boas para jogar ténis e com o público vai estar bom.”

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt