Bublik faz interessante reflexão e ataca quem pede medical time outs sem estar lesionado
Alexander Bublik é uma figura do circuito ATP. O sempre imprevisível cazaque falou de forma muito aberta sobre aquilo que sente em relação ao ténis e garantiu que os tempos em que desdenhava a modalidade já lá vão.
“O ténis é um jogo, uma parte importante da minha vida e um sonho de infância tornado realidade. Talvez as pessoas pensem que eu não queria isto, mas em criança olhava para o espelho e via-me a competir nos grandes estádios. Fico com pele de galinha ao perceber o que já consegui. Se a minha carreira acabasse hoje não me arrependia de nada, ia embora com um sorriso. Muita gente fica escandalizada com as coisas que já disse, mas agora entendem-me muito melhor também porque eu evoluí. Só um tonto não é capaz de mudar de opinião e eu percebi há ano e meio que amo o ténis e que estou a viver um sonho”, reconheceu.
Leia também:
- — O impressionante registo de Nadal que o coloca isolado de toda a gente
- — Moya revela qual o seu maior medo no regresso de Nadal à competição
- — Mouratoglou: «Quem parte raquetas precisa de sentir-se odiado»
Bublik falou ainda do ambiente que se vive no circuito, com uma crítica muito clara. “Não somos uma grande família. É muito difícil ser amigo de alguém que depois vamos defrontar. Eu aprendi a perder com mais dignidade. Posso insultar-me a mim próprio, partir a raquete e fazer parvoíces, mas tento sempre não faltar ao respeito ao adversário. Se alguém se porta mal no balneário devia ser castigado, mas depois vai chorar para a ATP. Outro exemplo são as manhas e interrupções nos encontros. Dizem que são jogos mentais. Mas os maus são quem parte raquetes, não quem aldraba a parar o jogo para pedir um medical time out sem estar lesionado”, rematou.