Borges exulta: «Fui apanha bolas aqui na Davis. Este título é um sonho»
O sonho comanda a vida e comandou a semana de Nuno Borges, o maiato de 26 anos que este domingo realizou um objetivo de criança ao vencer o Maia Open — torneio do ATP Challenger Tour que a Federação Portuguesa de Ténis e a Câmara Municipal da Maia organizaram no Complexo Municipal de Ténis da Maia onde cresceu até se tornar jogador.
“É sem dúvida um sonho tornado realidade”, reconheceu em conferência de imprensa, fazendo eco às palavras que tinha dito ao público antes e depois de erguer o troféu.
“Quando ganhei o match point comecei a reviver os momentos que tive aqui no passado. Onde agora temos a tenda dos jogadores é o Court 1, aquele em que provavelmente passei mais horas entre os meus 12 e 14 anos. Podia estar aqui durante meia-hora a contar histórias. O Central claro que é o pico da Maia, um estádio que me diz muito e a vários portugueses também. Tivemos cá eliminatórias da Taça Davis, eu fui apanha-bolas na Taça Davis… chegou a haver aqui um torneio ATP do qual eu não me lembro, mas que teve jogadores como o Juan Carlos Ferrero e agora fazer parte desse grupo de campeões deste campo, com um estádio cheio como nunca me lembro de ver e com família, amigos e aqueles que treinaram comigo é algo que me diz muito.”
2023 foi o melhor ano da carreira de Nuno Borges e por isso o Maia Open não é o título mais importante em termos de pontos (esta época venceu o Challenger 175 de Phoenix e o Challenger 125 de Monterrey), mas “emocionalmente foi, sem dúvida, um highlight na minha carreira e algo muito especial para mim.”
Com o triunfo caseiro, que corresponde ao quinto troféu da carreira no ATP Challenger Tour, o melhor tenista português da atualidade subirá 12 lugares na atualização do ranking de segunda-feira, até ao 66.º posto — a três da melhor classificação, alcançada em abril.