Borges e Cabral reagem ao sorteio olímpico: «Jogar aqui é um sentimento especial»
Em singulares, o número um nacional e 42.º mundial vai defrontar o argentino Mariano Navone, 36.º, enquanto, ao lado de Francisco Cabral, vai encontrar os irmãos gregos Stefanos e Petros Tsitsipas no quadro de pares.
Sobre o seu adversário, Borges lembra que “é argentino”, pelo que “adora a terra batida e o calor”. “Portanto, vai estar muito confortável aqui nestas condições”, pontuou. “É um bom desafio pela frente. Tem jogado muito bem este ano, mas eu também, portanto, acho que vai ser um bom jogo”, afirmou, em declarações à agência Lusa, após um treino nos courts secundários de Roland Garros.
Em relação ao encontro de pares, Francisco Cabral disse que há muitas semelhanças entre a sua parceria com o amigo Nuno Borges e a dos dois irmãos gregos, pois Stefano Tsitsipas “é um jogador de singulares e não joga assim tantos pares quanto isso, mas quando joga acaba por jogar sempre com o irmão”. “É uma equipa que tem algum entrosamento, tal como nós, portanto vai ser um bom jogo, foi um sorteio ok, não foi o pior sorteio possível, nem o melhor sorteio possível e acho que eles pensam da mesma maneira, portanto vai ser um bom jogo”, assumiu o número um nacional de pares e 81.º da hierarquia mundial.
Eis o quadro de pares masculinos dos Jogos Olímpicos com Borges/Cabral e Alcaraz/Nadal
No treino dos dois portugueses foi visível a boa relação que ambos têm já há muitos anos, com constantes brincadeiras e ‘bocas’ atiradas de um lado para o outro do ‘court’, ainda com a ajuda do treinador Rui Machado, que chegou a usar uma raquete para mostrar o quão fora tinha sido uma bola. “Divertimo-nos um bocadinho mais juntos, se calhar, até porque já estamos mais à vontade, e, sem dúvida que isso vai ajudar depois nos jogos”, assumiu Nuno Borges.
Depois de derrotar Rafael Nadal na final do torneio de Bastad, no qual ganhou o seu primeiro título ATP, o maiato de 27 anos assume que a motivação está “a 100%”. “Jogar este tipo de competições é sempre, tanto para mim como para ele, certamente, uma motivação extra (por) representar a seleção. E é um sentimento especial. Portanto, é para dar tudo”, referiu.
De regresso a Roland Garros, onde jogou há cerca de dois meses o segundo torneio do Grand Slam da temporada, Nuno Borges diz que a grande diferença é que “está mais calor”. “Sem dúvida que a temperatura faz bastante diferença comparado com o torneio de Roland Garros, que estava a chover bastante mais, se calhar até vai chover aqui esta semana, mas certamente que a temperatura vai influenciar um bocadinho, a bola a saltar um bocadinho mais, o jogo um pouco mais rápido possivelmente, e se calhar vou tirar proveito disso”, assumiu.
A poucos dias da estreia em Jogos Olímpicos, Cabral diz que ainda não sente os nervos, que possam aparecer “um bocadinho” no dia do encontro, reconhecendo que, para já, “o primeiro objetivo é sempre o primeiro jogo e passar a primeira ronda”. “É algo que nos está a faltar, se calhar as últimas vezes que jogámos juntos perdemos todos os jogos ali nos detalhes. Se calhar se desbloquearmos ali a primeira ronda podemos fazer umas coisas engraçadas”, perspetivou.
Os torneios de ténis dos Jogos Olímpicos Paris-2024 disputam-se de 27 de julho a 04 de agosto.