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Bjorn Borg "chocado" com a obsessão dos pais pelo sucesso dos filhos
Bjorn Borg abandonou o circuito profissional quando ele próprio era ainda um jovem, aos 26 anos, para espanto do universo tenístico, mas aos 60 o antigo jogador sueco está de regresso à estrada. O pretexto é o seu filho de 13 anos, Leo, com quem tem viajado por vários torneios juniors na Suécia.
A realidade com que se tem deparado é, confessa, chocante. “Quando estamos em viagem pela Suécia deparamo-nos com todos esses pais loucos”, disse o campeão de onze títulos do Grand Slam a Pat Cash, numa rara entrevista concedida à CNN. “Até no nosso tempo os pais eram um pouco loucos à sua maneira, mas atualmente é inacreditável… é chocante”, acusou.
A pressão colocada nos jovens jogadores começa desde cedo e Bjorn defende que as questões monetárias estão no cerne do problema. “Penso que é por causa do ténis ser um desporto que envolve muito dinheiro. Às vezes vemos crianças que não querem jogar e os pais empurram-nas para algo que elas não querem fazer”, acrescenta.
Atitude que rejeita fortemente e que não tem lugar dentro de sua casa. O desinteresse do seu filho mais velho, agora com 30 anos e dedicado aos negócios do pai, por ténis jamais lhe tirou o sono. Quanto ao seu “rebento” mais novo, resultado do seu terceiro casamento, a conversa já é outra, porque, revela, “é completamente doido por ténis” e integra o prestigiado Royal Club Lawn da Suécia, nos sub-14.
“O Leo tem um grande coração para o ténis. Ele joga duas, três horas todos os dias. Ele gosta de jogar, ele gosta de competir, ele gosta de viajar. Por isso, temos essa grande discussão – eu, a Patricia [a mulher] e a família. Ele quer ir para a Europa, ele quer estar sempre a jogar, mas ele ainda tem a escola”.
A família Borg tem um dilema em mãos, e não é tão pequeno assim, porque se Leo tem os privilegiados genes do seu pai para as raquetes, a verdade é que Borg quer, nesta fase da sua vida, qualquer coisa como sopas e descanso. “E eu cheguei àquela altura em que não quero viajar assim tanto. Gosto de ficar em casa, estou a ficar velho. Viajei por todo o mundo a toda a hora, não uma vez, mas centenas de vezes”, concluiu.
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