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Berrettini: «Falhar os grandes torneios levou-me à obscuridade, entrei num abismo»
Matteo Berrettini voltou a ver uma luz ao fundo do túnel depois de ter chegado aos oitavos de final de Wimbledon onde perdeu apenas para Carlos Alcaraz mas, mais do que isso, apresentou um nível de jogo como ainda não o tinha feito em 2023.
O italiano surge agora no Canadá de esperanças renovadas e com vontade em continuar a dar passos em frente, seja no nível de jogo, seja fisicamente.
PRONTO PARA A GUERRA
O meu corpo e o meu cérebro já não têm segredos. No ténis, a sociedade deste desporto que está à vista de todos, sinto-me como um entomologista implacável, olha-te por dentro e deu-me uma coisa que é fundamental. Primeiro, precisas de te reconhecer a ti mesmo. O ténis ensina-te a perder. Mesmo os melhores, nas melhores temporadas, têm que provar o sabor da derrota.
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DESEJO EM GANHAR
Odeio perder mas sempre utilizei a derrota para melhorar. Mesmo na derrota, nunca há que render. Trabalhei muito, esforcei-me durante dias e não tenho o direito a oferecer um ponto a render-me. Renunciar a lutar, a energia negativa, é a única derrota que não suporto, que não perdoo. Nunca me vou render.
MOMENTO DIFÍCIL QUE VIVEU
Não poder competir nos torneios importantes fez-me conhecer a obscuridade. E a obscuridade parece não ter fim, parece engolir-te porque no lugar de ficares quieto e descansares, entras num abismo. Foram maus momentos, que não gostei mas foram fundamentais para me redescobrir nas razões de alegria de fazer o que comecei a fazer em criança e que me ocupou toda a vida.
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