Bautista Agut: «O mais difícil foi viver com a doença do meu pai. Estive ligado a ele até ao fim»

Por Tiago Ferraz - Janeiro 3, 2020
bautista-agut
Foto: Kosmos Tennis

Roberto Bautista-Agut viveu momentos difíceis durante a temporada de 2019, principalmente, a nível pessoal. O tenista espanhol que, em 2019, teve um ano para mais tarde recordar em termos desportivos com a entrada no top ten mundial, ‘perdeu’ o pai quando se encontrava nas Davis Cup Finals com a seleção e contou ao diário espanhol Marca o que sentiu:

«O mais difícil foi jogar a final da Taça Davis, claro que foi muito duro, mas o mais difícil foi viver os três anos e meio com a doença do meu pai. Eu penso que isso foi o mais difícil porque era o meu dia a dia. Agora noto que estou com mais energia, tenho mais tempo para descansar e para recuperar dos treinos. Estou com mais força e treino mais. Nos últimos meses, o meu pai já não estava muito bem. Tinha uma webcam no telemóvel e via-o constantemente, falava com ele e, inclusive, via as ajudantes dele. Estive ligado a ele até ao fim», disse.

O tenista espanhol falou ainda do «reconhecimento» que obteve depois de uma excelente temporada a nível desportivo:

«Sinto mais respeito e reconhecimento por parte do circuito. Noto isso no balneário. Sou sempre um dos mais requisitados para treinar. Tento treinar de forma igual à forma que eu jogo e é por isso que quase todos quererem treinar comigo, devido a essa intensidade», afirmou o número nove do ranking ATP.

Jornalista de formação, apaixonado por literatura, viagens e desporto sem resistir ao jogo e universo dos courts. Iniciou a sua carreira profissional na agência Lusa com uma profícua passagem pela A BolaTV, tendo finalmente alcançado a cadeira que o realiza e entusiasma como redator no Bola Amarela desde abril de 2019. Os sonhos começam quando se agarram as oportunidades.