Australian Open 2016: As previsões da equipa
Ano novo, velhas tradições. O Grand Slam que inaugura a temporada de 2016 está a poucas horas de distância e, como já vai sendo hábito por aqui, mostramos-lhe os palpites dos elementos que constituem a equipa Bola Amarela.
Campeão Masculino
Zezé Morais – Novak Djokovic: É incrível a discrepância que Novak Djokovic tem em relação aos outros favoritos. Não quer isto dizer que o sérvio terá uma passadeira vermelha para o troféu mas, neste momento, acho impossível pensar em alguém mais indicado para o estatuto de campeão.
Pedro Mendes – Novak Djokovic: Quem mais? O sérvio chega ao Open da Austrália com pelo menos a final alcançada em todos os torneios disputados nos últimos doze meses, entre eles o título alcançado na temporada passada (quarto nesta década) em Melbourne. Com Andy Murray, para mim o seu principal adversário em torneios do Grand Slam neste momento, com a “cabeça” no nascimento do filho, não vejo como poderá o número um mundial, admitindo que manterá a forma, não ser de novo Happy no seu Slam.
José Morgado – Novak Djokovic: Só um ato de loucura me faria apostar contra alguém que nos últimos 12 meses praticamente nunca perde. Federer é quem mais chances lhe têm de ganhar (fê-lo por 3 vezes em 2015) mas à melhor de 5 sets fica mais difícil.
Susana Costa – Novak Djokovic: Se há jogador que pode questionar aquela verdade absoluta que diz que os títulos não se ganham antes dos torneios começarem é o incontestável número um mundial.
Mário Miguel Fernandes – Novak Djokovic: Nada parece parar o campeoníssimo sérvio neste momento (talvez só ele mesmo). A exibição de força e domínio em Doha, especialmente perante Rafael Nadal, já nos faz antecipar o que acontecerá em Melbourne – um número um mundial mentalmente estável, que tem todas as pancadas do seu arsenal melhoradas durante a pré-temporada e que não se acanhará de dominar os pontos mal toque na bola amarela
Paulo Gouveia – Novak Djokovic: Apostar em alguém que não o sérvio quase parece loucura! O domínio de Nole durante 2015, no qual atingiu as finais dos quatro Grand Slams tendo arrecadado três dos Majors, aliado ao início auspicioso em 2016 (vitória categórica frente a Nadal em Doha) fazem-me pensar que vem aí o sexto título em Melbourne para Djokovic.
Campeã Feminina
Zezé Morais – Simona Halep: é incrível reparar que Serena Williams, Maria Sharapova, Garbine Muguruza e Angelique Kerber se retiraram todas de torneios no início da temporada, por isso as suas prestações são um pouco uma incógnita. Os jornalistas presentes em conferência de imprensa colocaram até sérias dúvidas quando disseram que Serena Williams se sentia “a 120%”. Posto isto, acredito que já é altura de Simona Halep ter o seu lugar no lote de campeãs e acredito que a romena tem capacidades de o fazer.
Pedro Mendes – Serena Williams: A sua condição física pode apresentar dúvidas, mas o fator que mais diferencia Serena das suas adversárias sempre foi a sua força mental e, após o falhanço em alcançar o Grand Slam de calendário na temporada passada, a norte-americana quererá certamente mostrar que não vencer qualquer torneio onde esteja inserida continua a ser uma exceção.
José Morgado – Victoria Azarenka: Serena Williams continua a ser a principal favorita, mas o nível apresentado por Victoria Azarenka faz dela a primeira candidata a aproveitar qualquer deslize de forma da americana, que parece pouco segura de si (e do seu estado físico) neste início de 2016.
Susana Costa – Serena Williams: Depois do inesperado deslize no US Open, Serena vai entrar em Melbourne mais determinada do que nunca. E como o raio (quase) nunca cai duas vezes no mesmo sítio, vislumbra-se o 22.º Major.
Mário Miguel Fernandes – Serena Williams: Dominadora indiscutível do circuito feminino, acredito que venha com ainda mais garra depois da algo longa paragem que tomou depois da sua derrota em Flushing Meadows. Para além disso, na sua metade do quadro, só Radwanska e Sharapova lhe podem fazer realmente frente (tendo também em conta que Kvitova não está nas melhores condições físicas), o que ajudará em chegar menos desgastada à final.
Paulo Gouveia – Serena Williams: Apesar de um começo de época algo titubeante por parte da americana, olhando para o panorama do ténis feminino não vejo nenhuma outra jogadora capaz de evitar o 22º título da campeoníssima Serena.
Darkhorse Masculino
Zezé Morais – Viktor Troicki: O sorteio não foi mau, a confiança está lá e Troicki já começou o ano a ganhar títulos. Quem sabe se não faz um brilharete nos oitavos-de-final (provavelmente diante de Wawrinka).
Pedro Mendes – Milos Raonic: O canadiano começou muito bem a temporada com o triunfo frente a Roger Federer na final de Brisbane. Na secção do quadro de Stan Wawrinka (e Rafael Nadal), acredito que se jogar ao seu melhor nível poderá conseguir bater um dos dois antigos campeões do torneio – na quarta ronda pode alcançar desde logo o suíço, o seu possível desafio mais complicado a meu ver – e alcançar, pelo menos, os quartos-de-final.
José Morgado – Nick Kyrgios: Ele tem o ténis, ele tem o público a favor, ele tem as boas memórias de 2015 e até um quadro bastante razoável. Vai longe…
Susana Costa – Viktor Troicki: Com o título em Sidney, depois de salvar um match point na final, diante de Grigor Dimitrov, o sérvio chega a Melbourne a acreditar que pode tudo.
Mário Miguel Fernandes – Roberto Bautista Agut: O espanhol chega ao primeiro Major do ano com grande confiança, depois do título em Auckland, aparentemente já perfeitamente preparado para as elevadas temperaturas que encontrará em Melbourne Park, e com um quadro com jogadores talentosos mas pouco regulares (entre eles Marin Cilic, na 3a ronda) para chegar à segunda semana do torneio.
Paulo Gouveia – Nick Kyrgios: Dele se espera sempre algo de diferente. A jogar no “seu” torneio do Grand Slam e com um quadro que não é problemático, creio que será desta que o australiano irá maravilhar os seus compatriotas e os amantes do ténis em geral.
Darkhorse Feminino
Zezé Morais – Victoria Azarenka: a bielorussa parece estar de volta e confiante de uma boa prestação em Melbourne, um torneio que lhe leva à cabeça algumas das melhores memórias da sua carreira. O sorteio foi favorável e das próximas duas semanas também o poderão ser.
Pedro Mendes – Victoria Azarenka: É um pouco cliché escolher a bielorrussa como tenista que mais pode surpreender dado que o seu ranking se deve, acima de tudo, à onda de lesões que a tem assolado nos últimos dois anos, mas afinal a antiga número um mundial é também uma ex-(bi)campeã em Melbourne e estar no lado oposto ao de Serena significa que pode perfeitamente alcançar nova final do torneio, pois considero-a capaz de, jogando como jogou em 2012 e 2013 – o que não sabemos ser possível – derrotar a sempre difícil e também candidata ao título SImona Halep.
José Morgado – Sloane Stephens: A antiga semifinalista da prova entrou bem em 2016 e tem um quadro de luxo em Melbourne. Pode chegar longe.
Susana Costa – Victoria Azarenka: Ela tem tudo para fazer estragos em Melbourne: fome de vitórias, sabe o que é vencer em Melbourne, dá-se bem com altas temperaturas e, com o título em Brisbane, não podia chegar mais embalada.
Mário Miguel Fernandes – Victoria Azarenka: A número 1 bielorussa parece estar a ganhar o ritmo e a confiança que a levaram aos seus 2 títulos em Melbourne e apresenta-se como uma séria candidata a erguer o troféu… Se Serena Williams não chegar a tal fase e no nível do costume.
Paulo Gouveia – Victoria Azarenka: Não sobram muitas dúvidas que a ex campeã do Open da Austrália está de volta à boa forma. É por isso bem possível que faça um grande torneio (não tem um quadro muito difícil) e, quem sabe, chegue a uma final contra Serena Williams!
Primeiro top-10 a cair
Zezé Morais – David Ferrer: Para além do facto de o espanhol não ter começado a temporada da melhor forma, um possível confronto na segunda ronda contra Lleyton Hewitt vai ser muito, muito complicado de ultrapassar para David Ferrer.
Pedro Mendes – David Ferrer: O espanhol apresenta uma consistência espantosa nos grandes torneios nos últimos anos, mas pode enfrentar na segunda ronda um Lleyton Hewitt a disputar o último torneio da carreira. Sim, “Rusty” faz 35 anos este ano e não tem sido problema para top10 em Majors há anos, mas o australiano já foi finalista do evento e não terá rigorosamente nada a perder… Por que não?
José Morgado – Tomas Berdych: Não acredito que nenhum top-10 caia antes da terceira ronda, onde o checo não deverá resistir a Nick Kyrgios.
Susana Costa – David Ferrer: Lleyton Hewitt, Feliciano López e John Isner: com estas pedras que o sorteio colocou nos seus sapatos, o espanhol não deverá dar passos longos em Melbourne Park.
Mário Miguel Fernandes – David Ferrer: O guerreiro de Alicante é conhecido pela sua tenacidade e intensidade em campo, no entanto poderá ter que ver-se com o gigante John Isner ou o seu compatriota Feliciano Lopez na 4a ronda, e esse poderá ser o seu adeus da competição.
Paulo Gouveia – David Ferrer: A razão e o coração fazem-me pensar que Lleyton Hewitt, no seuúltimo torneio vai prevalecer contra o tenista espanhol, naquela que será a primeira baixa no top-10 do ranking.
Primeira top-10 a cair
Zezé Morais – Agniezska Radwanska: é certo que Radwanska começou o ano com um título, mas estranho seria se o contrário acontecesse, já que a polaca não enfrentou qualquer jogadora do top-90 mundial. Para além disso, parece-me complicado que o seu ténis resista às capacidades ofensivas de Geni Bouchard, que parece estar a encontrar novamente a sua boa forma e está ansiosa para prová-lo.
Pedro Mendes – Karolina Pliskova: A checa não apresenta grandes resultados no Open da Austrália e pode ter que enfrentar Julia Goerges numa segunda ronda – um poço de inconsistência, mas pode estar num dia “sim” e dificultar bastante a vida à nona cabeça-de-série.
José Morgado – Simona Halep – A romena deverá voltar a sucumbir à pressão nos torneios do Grand Slam na 2.ª ronda, frente a Alizé Cornet…
Susana Costa – Simona Halep: É o seu torneio do Grand Slam menos bem-sucedido e tem um duro teste na segunda ronda chamado Alizé Cornet.
Mário Miguel Fernandes –Petra Kvitova – Debilitada a nível de saúde e sem conseguir encontrar a sua estabilidade performativa (o que acredito que não seja fácil de lidar a nivel emocional), a checa poderá não resistir à jovem promessa da casa – Daria Gavrilova – na 2a ronda ou então cair perante Cibulkova ou Mladenovic logo na fase seguinte
Paulo Gouveia – Agniezska Radwanska: Apesar de ter acabado bem 2015 e de ter iniciado 2016 com um título, não me parece que irá conseguir passar da segunda ronda onde deverá ter encontro marcado com uma “esfomeada” Genie Bouchard.