Atacado por argelina, Thiem não muda de ideias: «Sei de coisas em Futures que mais vale nem contar»
Dominic Thiem, número três do ranking mundial e um dos jogadores mais bem sucedidos dos últimos anos, tem estado nas últimas semanas debaixo de fogo, depois de ter sido o tenista de topo que mais ativamente se opôs à ideia e Novak Djokovic e do Player’s Council de que os 100 melhores jogadores do Mundo contribuam com os seus rendimentos para ajudar os tenistas menos cotados. As opiniões de Thiem mereceram algumas críticas e até uma carta da jovem argelina Ines Ibbou, que agora mereceu uma resposta por parte do austríaco.
“Penso que as pessoas não quiseram ler tudo o que eu disse e é lamentável que assim seja. Se as pessoas tivesse lido ou ouvido tudo aquilo que eu disse, a repercussão teria sido totalmente diferente. Digo e repito que me parece óbvio que há jogadores que precisam de ajuda, que lutam para ser melhores todos os dias. Mas o ténis é um desporto que partirá sempre de um princípio de desigualdade. É um desporto caro e nem todos têm as mesmas bases, nem pais que os possam ajudar. Para começar a encarar esta modalidade mais a sério quando se é jovem, é preciso entre 50 e 75 mil euros”, confessou o austríaco numa longa entrevista ao jornal francês ‘L’Equipe’.
Thiem insiste, no entanto, que há quem precise mais do seu apoio do que jogadores de ténis. “Passei dois anos nos Futures. Sei de histórias muito más, quem nem sequer quero contar. Sei que há jogadores que não se comportam de maneira profissional. É claro que não se pode generalizar e há casos de tenistas que merecem ser ajudados, por isso é que prefiro ser eu a decidir sobre quem ajudo”.
Dominic elogiou ainda o nível de muitos jogadores nos Challengers. “O nível é incrível e há jogadores ótimos. É muito difícil ganhar um Challenger e eu sou favorável a que o dinheiro seja mais bem distribuído nessa categoria de eventos. Mas isso são questões totalmente diferentes”.
O melhor tenista da Áustria lembra que está a ajudar os jovens jogadores do seu país. “Patrocinei com 150 mil euros um circuito de torneios na Áustria para ajudar o ténis no meu país. Fi-lo porque quis e porque acho que eles merecem”.