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As “contas” do padel para 2017
2016 foi uma época muito boa para o padel português. Brilhante, se tivermos em conta a recente história da modalidade no nosso país e o ainda reduzido número de praticantes quando comparada com outras nações, como Argentina e Espanha.
Ana Catarina Nogueira terminou a temporada no 26º lugar no ranking do World Padel Tour, Diogo Rocha foi 68º classificado, Miguel Oliveira 87º e Vasco Pascoal 95º. Fez-se história!
Portugal teve, pela primeira vez, quatro representantes no top-100 da hierarquia mundial. Neste mês de janeiro começam a preparar-se para a nova época e o Bola Amarela dedicou-se a fazer um levantamento de estimativas de orçamentos para um atleta português jogar o circuito internacional.
Quanto custa, em média, uma temporada? “Entre 20 mil a 25 mil euros, dependendo do número de torneios a jogar, estágios e sessões de trabalho com o nosso parceiro e o treinador em Madrid”, contesta Diogo Rocha, o jogador do Team FPP (Federação Portuguesa de Padel) e o mais bem sucedido na época passada. “Cerca de 20 mil euros para não nos preocuparmos com os gastos e, neste valor, já estão incluídas as despesas com viagens, inscrições nos torneios, hotéis, preparador físico, nutricionista, estágios e treinos”, corrobora Vasco Pascoal.
Mais experiente nas competições internacionais, Ana Catarina Nogueira aponta o mesmo valor para uma época e revela ter conseguido, na época passada, patrocínios suficientes para não ter gastos. “Arranjei apoios em géneros e os custos foram mais baixos. Faço sempre as contas por baixo, porque é tão difícil arranjar patrocínios que vamos cortando e colocando o mínimo. Por isso, se conseguir o patrocínio de uma clínica de fisioterapia, já não há gastos com tratamentos e massagens, o apoio de uma marca de produtos e suplementos energéticos, também permite poupar nesse aspeto, e o orçamento de cerca de 20 mil euros já dá para jogar os 25 torneios que gostaria de fazer”, explica a jogadora natural do Porto, referindo que “em Portugal são poucas as empresas que apostam num patrocínio do desporto, exceto o futebol”.
Tal como Ana Nogueira, Diogo Rocha também conseguiu apoios suficientes, em 2016, para competir com as maiores estrelas do padel mundial e retribuiu esse voto de confiança com resultados históricos para Portugal. A presença na segunda ronda do Lisboa Challenger, ao lado de João Bastos, a entrada no quadro principal do Abanca Ciudad de A Coruña e no Keler Euskadi Open Open, com Andoni Bardasco, e o título de vice-campeão mundial de pares, conquistado na companhia de Miguel Oliveira, são a prova disso. Mas esses fatos já são passado e o futuro, que já começou, ainda é incerto. “Ainda não tenho patrocínios que me permitam pensar em fazer a época de 2017 completa no WPT”, confessa Rocha ao Bola Amarela, que constatou a mesma incerteza junto da melhor jogadora portuguesa.
O mesmo sucede com Vasco Pascoal que, no caso nem em 2016, se aproximou das condições necessárias para projetar a temporada de forma integral. “No ano passado só consegui mais ou menos 6 mil euros”, admite aquele que, ainda assim, marcou presença em várias provas do calendário internacional e terminou no top-100 do ranking. “Já estou a trabalhar para até ao final de janeiro tentar encontrar apoios que me permitam planear a próxima época de forma mais estruturada e com mais provas”, completa.
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