Com um Roger Federer sempre em boa forma, um Stanislas Wawrinka a arrecadar títulos do Grand Slam e com Martina Hingis de volta às velhas glórias, pode dizer-se que o ténis suíço está a viver uma das suas melhores eras de sempre. A menos de 24 horas do início do Open da Austrália, veja aquilo que o número quatro e o número três da hierarquia mundial tiveram a dizer nas suas conferências de imprensa.

Roger Federer

Sobre a sua forma

“Estou melhor, sim. Obrigado! A constipação está 90% curada, por isso estou feliz. Nos últimos dias tenho sido capaz de treinar normalmente, por isso estou um pouco aliviado”

Sobre o futuro do chamado “Big-4”, dada a dominância de Novak Djokovic

“Se olhares só para os Grand Slams e Masters 1000, isso não é verdade, porque o Stan ganhou Roland Garros. Os rankings neste momento estão de volta ao normal depois do regresso do Rafa. Não acho que eu e o Rafa damos muita importância ao ranking, mas acredito que algumas pessoas dêem.

Para nós, perder nos quartos ou nas meias não importa, é sempre uma derrota. Claro que o Novak merece uma estrela ao lado do seu nome porque neste momento está extremamente bem. O mesmo para o Stan. Não tem sido evidenciado mas ele ganhou Grand Slams nas últimas temporadas”.

Sobre as suas prestações no Open da Austrália

“Eu acho que o Open da Austrália é onde os jogadores chegam mais inspirados. Tem também sido o meu Grand Slam mais consistente até ao último ano.  Sempre joguei bem lá, não sei se tem a ver com as condições ou a velocidade do court. É um bom sítio para começar o ano para mim”

Expectativas para a parceria com Ivan Ljubicic e o processo de mudança

“E lembro de o Stefan me dizer que o ano passado seria o seu último. Depois confirmei novamente, ao longo de Wimbledon, e era mesmo ese o caso. Com o Ivan, as coisas aconteceram no ano passado. Tenho uma ótima equipa e quando o Ivan me disse que não ia continuar com o Milos, eu perguntei se ele estaria disponível, e ele disse que adoraria”.

“Eles são pessoas completamente diferente [Ljubicic e Edberg]. Por isso, claro, eles vão dizer coisas de forma diferente. É sempre assim”

Sobre os controlos antidoping mais restritos no ténis

“Isso é importante para manter o desporto “limpo”. Acho que o ténis tem uma boa imagem, para ser sincero. Mas é preciso muito dinheiro para isso, ir atrás dos jogadores em todo o mundo, por isso não é fácil. É preciso a Federação Olímpica e torna-se complicado. Mas acho que temos estado bem, embora haja sempre algo mais que se possa fazer. Hoje está muito melhor, o que é bom de se ver”.

Stanislas Wawrinka

Sobre o regresso a Melbourne Park

“É sempre fantástico regressar. Tem sempre sido um dos meus torneios favoritos. Toda a gente fica feliz em voltar, certamente, e é isso que o torna tão especial. De novo, é uma nova temporada e espero conseguir fazer algo bom.”

Alterações em ano Olímpico

“O calendário não muda muito, é como no verão. Simplesmente está mais compacto e precisas de ser mais cuidadoso. Rio [de Janeiro] é importante, certamente, mas ainda está longe. Há muito para jogar e é aí onde eu me concentro neste momento”

Desistência do circuito feminino

“Vi muitas mulheres [fazer isso]. Não sei se houve muitos homens a desistir, especialmente os grandes jogadores. É o início do ano e se calhar alguns jogadores ainda trazem lesões. Até agora todos os homens parecem estar em forma e, se olharem para o top-20, toda a gente está e pronta e quer estar aqui”

Sobre o controlo antidoping no ténis

“Havia muito mais [controlo] no passado, certamente. Ficou sempre feliz quando há muitos testes, é bom para o nosso desporto. Até agora acho que tem tem sido um bom desporto nesse aspeto”.