Antigo top 15 tem revelações ‘bombásticas’: «O meu pai batia-me»
O antigo tenista argentino Guillermo Pérez Roldán, agora com 51 anos, deu uma entrevista ao diário argentino La Nacion onde abordou a sua infância complicada ao lado do seu pai e treinador.
“Vou dizer tudo sem medo: ele era um visionário, era extraordinário nos detalhes técnicos do jogo, era um excelente treinador, mas infelizmente eu era filho dele. Eu teria preferido ter um treinador pior e um pai melhor, só isso. Esses momentos deixaram-me muito triste: ele era tão bom na parte criativa (de jogo), era algo que funcionava, eu não sei se isto era um requisito ou não, mas o facto é que eu perdi um pai. É um parte triste da minha história. Espero que possamos reaproximar-nos um dia destes porque, no final de tudo, ele é meu pai”, disse.
O argentino Guillermo Pérez Roldan, antigo top 13 mundial, revela ainda que, neste momento, não mantém contacto com o próprio pai:
“Não, não tenho nenhum género de contacto, nunca mais falamos. A traição de um pai a um filho é algo terrível. No meu casamento, há três anos, eu convidei-o, ele pediu-me perdão, cantou-me uma canção, mas no dia seguinte voltou a bater-me”, revela, num registo impressionante.
Ainda assim, o argentino mantém a esperança de, em algum momento, retomar a relação com o seu pai:
“Eu gostava de ter um pai melhor. Vamos lá ver se algum dia ele vai conseguir dar-me um abraço. Eu sou na vida como era em court: para me vencerem, vão ter que me deitar abaixo. Meu Deus, como isto magoa. Já passaram muitos anos”, salientou.