Antiga estrela júnior lembra fim de carreira aos 25 anos: «Chamavam-me Messias do ténis itlaliano»

Por Bola Amarela - Dezembro 16, 2021

Gianluigi Quinzi prometeu muito. Afinal de contas, falamos de um jovem talento que chegou a ser número um mundial de juniores, com o título em Wimbledon em 2013 a ser o ponto que mais deixava os italianos entusiasmados. No entanto, a verdade é que Quinzi nunca conseguiu corresponder a todas as expectativas criadas em seu redor. É certo que venceu 12 Futures e dois Challengers, mas o mais alto a que chegou no ranking foi a 142.ª posição, acabando por se retirar aos 25 anos.

“Chamavam-me Messias do ténis italiano depois de ganhar Wimbledon. Tive muitas pressões, demasiadas expectativas, não era bom viver com aquilo tudo. Não soube enfrentar isso, não soube deixar de fora as pessoas que nada tinham a ver comigo. Foi difícil dividir as realidades, mas a partir daí lutei como pude para voltar a começar”, reconhece em entrevista ao OA Sport.

Questionado sobre a decisão que tomou de colocar um ponto final na carreira, Quinzi não tem dúvidas. “Não me arrependo disso. Com os meus defeitos e altos e baixos, sempre dei o melhor de mim. Deixar o ténis ajudou-me a responder a várias perguntas. Com dúvidas não conseguia avançar na vida. Dei tudo, treinei sete horas por dia, mas nem todos somos fenómenos. Sempre quis ser um rapaz decidido, pelo que não me arrependo”, garantiu.

Por fim, explicou como é difícil fazer vida do ténis. “A não ser que tenhas bons patrocinadores ou ganhes 15 Challengers por ano, é impossível cobrir os gastos no circuito. Depois já depende se viajas sozinho… Quando chegas ao top 100 é quando começas a ganhar dinheiro. Estava convencido de que o ia conseguir, mas vi que tinha uma vida esgotante, era tudo monótono, até que fiz 25 anos. Já era velho”rematou.