Andy Murray lembra tiroteio na sua escola em documentário emocionante

Por José Morgado - Novembro 26, 2019
murray

É já esta sexta-feira que vai para o ar um documentário sobre os dois anos de sofrimento que Andy Murray passou à conta da sua lesão da anca, que culminaram com uma operação no início deste ano que deixou em suspenso a carreira do escocês. Aos 32 anos, o antigo número um do Mundo teve tempo para refletir sobre a importância do ténis na sua vida e nesse documentário — já disponível para um pequeno lote de jornalistas ingleses — não foge às questões mais delicadas da sua vida.

“As pessoas perguntam-me a importância que o ténis tem na minha vida e eu remeto sempre para quando tinha nove anos e aconteceu um enorme tireio na minha escola. Morreram muitas crianças, a professora e isso fez-me colocar tudo em perspetiva. Tive ataques de ansiedade nos anos seguintes, os meus pais separaram-se, o meu irmão saiu de casa. Tudo isso foi um pesadelo e um drama que ultrapassei com a ajuda do ténis”, confessou o escocês.

Murray lembra que essas situações difíceis que passou em criança moldam a sua personalidade hoje em dia. “Sou o que sou dentro do court causa daquilo que passei quando era mais novo. Mostro sempre coisas boas, coisas más. Aquele sou eu…”

Apaixonei-me pelo ténis na épica final de Roland Garros 2001 entre Jennifer Capriati e a Kim Clijsters e nunca mais larguei uma modalidade que sempre me pareceu muito especial. O amor pelo jornalismo e pelo ténis foram crescendo lado a lado. Entrei para o Bola Amarela em 2008, ainda antes de ir para a faculdade, e o site nunca mais saiu da minha vida. Trabalhei no Record e desde 2018 pode também ouvir-me a comentar tudo sobre a bolinha amarela na Sport TV. Já tive a honra de fazer a cobertura 'in loco' de três dos quatro Grand Slams (só me falta a Austrália!), do ATP Masters 1000 de Madrid, das Davis Cup Finals, muitas eliminatórias portuguesas na competição e, claro, de 13 (!) edições do Estoril Open. Estou a ficar velho... Email: josemorgado@bolamarela.pt