“Pode ter sido devido ao excesso de torneios, praticamente não parei. No verão estive um par de dias sem pegar na raqueta, mas não parei o suficiente para descansar a cabeça e encontrar motivação para os torneios seguintes.”
“Estou satisfeito. Joguei partidas a nível Challenger que me deram muita confiança. Em muitos dias senti-me a um bom nível, a competir contra adversários com ranking muito superior e mais experiência do que eu. Esses aspetos contam muito neste desporto, mas houve ocasiões em que não me senti inferior e até consegui ganhar alguns jogos. Depois, na segunda parte da temporada, sei que podia ter feito melhor; precisava de alguma semana de desconexão, mas prefiro ficar com o lado positivo.”
EXPECTATIVAS QUE TINHA NA TEMPORADA
“A minha mentalidade mudou completamente no final do ano passado, quando fui sparring às Finais da Taça Davis com a Espanha; isso marcou-me muito. Depois ganhei esses dois torneios de juniores e a minha forma de ver as coisas mudou. Sentia-me com mais confiança ao começar 2025, embora ainda estivesse em choque por ter terminado entre os dez melhores juniores do mundo. Não estava à espera disso, mas foi o que me deu a oportunidade de jogar oito torneios Challenger esta temporada. Não fui com grandes expectativas, ia simplesmente para onde a minha equipa me dizia, e até correu bastante bem. Essa falta de expectativas tirou-me pressão, mas depois joguei mais dois eventos de juniores e correu-me muito bem; foi aí que comecei a colocar demasiada pressão em mim, a partir do verão. Comecei a fazer as coisas mal fora do campo, mas é um problema meu que podia ter evitado, um problema que não me deixou competir como eu queria.”
NÃO TER GANHO UM GRAND SLAM JÚNIOR
“Fui a Roland Garros com muitas expectativas, admito, mas o facto de não ter corrido bem acabou por me ajudar. Claro que teria ganho muita confiança se tivesse sido campeão, mas também não foi nenhum drama para mim. Nos torneios de juniores, o mais importante é ganhar rodagem e confiança para depois estar preparado para dar o salto. Se me ficou essa espinha? Sim, um pouco, não te vou mentir. Gostava de ter feito algo mais.”
SER NÚMERO 1 MUNDIAL
“Nunca quis dar demasiada importância a esse tema, mas, de forma inconsciente, acaba sempre por chegar até ti. Acaba por te afetar. É bonito ser número 1 do mundo júnior, claro, mas nunca lhe dei grande importância.”
ENVERDAR PELO CIRCUITO UNIVERSITÁRIO
“Antes de Roland Garros analisámos as opções. Várias universidades contactaram-me, mas eu tinha as ideias muito claras. Com o tempo fui mudando de opinião e pensei que podia ser algo positivo para mim; no final, aqui em Valência é sempre a mesma rotina. O meu plano é ir durante cinco meses e depois regressar no verão para ver como respondo nos torneios, como me sinto em termos de confiança.”
